CGTP-IN celebrou aniversário reafirmando motivos para lutar

«Não podemos aceitar o empobrecimento de quem trabalha», protestou Isabel Camarinha, no dia 1 de Outubro, numa acção em Lisboa, insistindo no aumento geral dos salários, como uma emergência nacional.

Estão convocadas manifestações para dia 15, em Lisboa e no Porto

Durante a manhã do dia em que a CGTP-IN fez 52 anos, a União dos Sindicatos de Lisboa realizou uma iniciativa de contacto e esclarecimento dos trabalhadores e da população, na entrada principal do centro comercial Vasco da Gama, exigindo «Aumentar os salários, desenvolver o País», como se afirmava numa faixa vermelha exibida por dirigentes e activistas.

No local escolhido simbolicamente para o protesto «estão instaladas grandes empresas, como a Sonae, que têm como objectivo aumentar a exploração dos trabalhadores e, assim, aumentarem os seus lucros», como explicou a Secretária-geral da CGTP-IN.

A iniciativa, em que se destacaram bandeiras do CESP, o sindicato que organiza os trabalhadores da grande distribuição comercial, integrou-se no mês de mobilização e luta, a decorrer desde 15 de Setembro.

Isabel Camarinha assinalou que a CGTP-IN convocou esta série de acções – que vai ter o seu ponto alto nas manifestações convocadas para 15 de Outubro, em Lisboa e no Porto –, «precisamente porque a degradação das condições de vida e de trabalho continua a aumentar, como consequência das opções políticas que têm vindo a ser seguidas, da política de direita», que «não responde às necessidades e aos anseios dos trabalhadores» e «continua a deixar intocáveis os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros».

«Vamos continuar a marcar o tempo com a luta de quem trabalha», assegurou Isabel Camarinha, reafirmando a CGTP-IN como «central sindical unitária, independente, democrática, solidária, de classe e de massas», com «52 anos de luta que tem de continuar, para defender os direitos conquistados com a Revolução de Abril, para alcançar um Portugal sem domínio do grande capital, sem exploradores nem explorados».

Antes da Secretária-geral, intervieram Dinis Lourenço, coordenador da Interjovem, e Libério Domingues, da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa.

 

Governo sem medidas

No documento do Governo para um acordo na Concertação Social, apresentado a 28 de Setembro, «o proclamado objectivo de melhoria dos rendimentos e dos salários está vazio das medidas que efectivamente o possibilitam» alertou a CGTP-IN.

«Na contratação colectiva mantêm-se os constrangimentos que há muito limitam este direito dos trabalhadores» e o indicador proposto (4,8 por cento), «para além de ser assumido como tecto pelo patronato, está totalmente desfasado em relação à realidade», observou a confederação, dia 29, num comunicado de imprensa.

Por outro lado, «aquilo que é efectivo, ao contrário do que dizem os patrões, são os benefícios fiscais, de que se aproveitam as grandes empresas».

A luta é, no presente contexto, «determinante para aumentar os salários e as pensões, para garantir os direitos, para avançar na melhoria das condições de vida e de trabalho e potenciar o desenvolvimento do País». Exigindo «respostas agora», a Inter chamou a atenção para o facto de que «as dificuldades dos trabalhadores e pensionistas contrastam com o colossal aumento dos lucros do grande capital».

 



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