Lula da Silva alerta para os perigos que a democracia no Brasil enfrenta
Apoiado pela coligação Brasil da Esperança, formada por 10 forças políticas, incluindo o Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista do Brasil, Lula da Silva lidera as intenções de voto para a eleição presidencial de 2 de Outubro, segundo indica a maioria das sondagens.
O Brasil deve ter um importante papel na questão do clima
O candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva alertou na segunda-feira, 12, que a democracia está em risco no Brasil.
Sobre os perigos que enfrenta a democracia no Brasil, Lula referiu como exemplo os recentes assassinatos de um guarda municipal e de outro trabalhador, ambos simpatizantes do PT, por dois apoiantes do presidente Jair Bolsonaro, de extrema-direita.
Perante os factos, Lula insistiu que a razão pela qual teve de voltar a ser candidato a presidente da República é «porque temos de fazer mais do que o que fizemos». «Não quero usar a palavra “governar”, nós temos de usar a palavra “cuidar”, porque o povo brasileiro necessita de cuidados, sobretudo o povo mais pobre, aquele que não teve uma oportunidade na vida», afirmou.
Brasil armado de livros,
conhecimento e cultura
Lula da Silva defendeu o fim da violência no Brasil e expressou o desejo de ver no país um povo armado de livros, de sabedoria, de conhecimento e cultura.
Num acto de campanha, no município de Taboão da Serra, no Estado de São Paulo, o candidato – apoiado pela coligação eleitoral Brasil da Esperança, de 10 forças políticas, de que fazem parte o PT e o PCdoB – lembrou que quando foi presidente (eleito em 2002 e reeleito em 2006), foram recolhidas e destruídas 620 mil armas, mas que hoje elas são vendidas com grande facilidade.
Lula da Silva insistiu que «agora temos um cidadão na presidência fazendo decretos para liberalizar armas à vontade, não importa o calibre, não importa a quantidade de balas, de cartuchos, e ele não se dá conta que está a armar o crime organizado».
No dia 2 de Outubro, 156 milhões de brasileiros estão inscritos para votar e, nas urnas, vão escolher o presidente e vice-presidente da República, senadores, governadores, deputados federais, estaduais e distritais. Para a presidência, a que concorrem 11 candidatos, o principal adversário de Lula da Silva é o ultradireitista Jair Bolsonaro, que candidata a vice-presidente o general Walter Braga Netto, ambos do Partido Liberal. Se for necessária, a segunda volta eleitoral terá lugar no dia 30 do próximo mês.