FRETILIN realizou V Congresso Nacional

O Partido Comunista Português enviou uma saudação ao V Congresso da FRETILIN, que decorreu em Díli, destacando a importância da reunião para todo o povo timorense. Entre as suas decisões, o Congresso reelegeu o presidente do partido, Francisco Guterres Lú-Olo, e o secretário-geral, Mari Alkatiri.

A FRETILIN é a alternativa para responder aos problemas do País

Realizou-se de 8 a 10 de Setembro, no Palácio das Convenções, em Díli, o V Congresso da FRETILIN – Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, no qual participaram mais de 900 delegados.

O Congresso aprovou resoluções de orientação política e de reforço orgânico da FRETILIN e elegeu o novo Comité Central.

O Congresso reelegeu os presidente e secretário-geral do partido, Francisco Guterres Lú-Olo e Mari Alkatiri, respectivamente, e tomou decisões relativas à revisão dos Estatutos do partido, cuja versão final será aprovada numa Conferência Nacional a realizar em Novembro.

O Congresso abordou a preparação das eleições legislativas de 2023, tendo sido aprovada uma resolução que, afirmando que a FRETILIN é «a alternativa para os problemas do país e o seu desenvolvimento», realça «a necessidade de trazer ao país novas respostas aos problemas que se mantêm, tais como: desenvolvimento sócio-económico, rede de infra-estruturas, inclusão social, ordenamento territorial e o quadro institucional» com vista a «consolidar a unidade nacional, a democracia e a estabilidade» em Timor-Leste.

Lú-Olo, o presidente reeleito da FRETILIN, sublinhou na sua intervenção de abertura do Congresso que «a Fretilin teve um passado histórico, de grande sacrifício, (...) enfrentou grandes desafios e dificuldades, mas continua a lutar. Recebemos um grande legado dos heróis e mártires para libertar o povo. (…) A Fretilin é património histórico que hoje devemos valorizar, respeitando os princípios e valores».

PCP envia saudação

Em saudação enviada ao V Congresso da FRETILIN, o Comité Central do PCP, considerando a realização do Congresso como «um acontecimento de grande importância, não apenas para os militantes e simpatizantes da FRETILIN, mas para todo o povo timorense», enfatiza que «A FRETILIN, que foi a grande força da resistência e da luta pela independência de Timor-Leste e que em circunstâncias particularmente difíceis deu provas de grande criatividade revolucionária e heroísmo, continua a ser hoje a força indispensável à luta dos trabalhadores e do povo timorense pela definitiva superação das consequências do colonialismo português e da ocupação indonésia, pela defesa e consolidação da independência nacional, pelo desenvolvimento do seu país, por uma sociedade de progresso e justiça social». Conclui a saudação que o PCP tem bem presente a palavra de ordem «A FRETILIN é o povo e o povo é a FRETILIN».




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«Cresce a luta contra o aumento brutal do custo de vida»

Liz Payne foi presidente do Partido Comunista Britânico até ao seu último congresso, realizado em finais de 2021. Hoje, prossegue a sua intervenção na Secção Internacional do partido, ao mesmo tempo que intervém no sindicato da administração pública da sua cidade. Ao Avante! falou da vaga de greves que se vive no seu país e das perspectivas colocadas aos trabalhadores britânicos.

 

No Reino Unido tem lugar uma grande vaga de greves abrangendo vários sectores profissionais. A que se deve?

Esta é uma luta transversal a vários sectores profissionais, dos ferroviários aos trabalhadores dos correios, dos portuários aos funcionários públicos, passando pelos professores. O principal motivo prende-se com o agravamento brutal do custo de vida: a inflação já está em 10 por cento e não vai parar de crescer. O preço dos bens alimentares disparou e os trabalhadores temem que o custo da energia os obrigue a escolher, já no próximo inverno, entre comer e aquecer-se, sendo que muitos não conseguirão fazer nem uma coisa nem a outra. E isso custará vidas trabalhadoras…

Esta situação soma-se às actualizações salariais insuficientes que vêm sendo impostas desde 2010, e que levam a que a generalidade dos trabalhadores ganhe hoje, em termos reais, bastante menos do que nessa altura. Os «aumentos» agora propostos em muitos sectores – de dois, três ou cinco por cento – não deixam de representar uma significativa diminuição do poder de compra dos trabalhadores.

 

Mas nas greves dos ferroviários, por exemplo, são colocadas também questões de âmbito laboral que vão para lá dos salários...

Sim, há por exemplo a intenção de cortar postos de trabalho, desde logo acabando com as bilheteiras nas estações, substituindo-as por máquinas de venda de bilhetes, e reduzindo o número de trabalhadores por comboio, para além da alteração de rotas e do acesso e condições de prestação de trabalho extraordinário.

Mas esta é também uma luta em defesa dos serviços públicos. É cada vez mais evidente a tensão existente entre privatização e acumulação de lucros, por um lado, e a prestação de serviços públicos de qualidade, por outro. São aspectos absolutamente contraditórios.

Os grandes meios de comunicação social esforçam-se por esconder esta realidade, mas são cada vez mais os britânicos que percebem que os serviços públicos estão a ser massivamente privatizados e destruídos: na educação, na saúde, no apoio social, no abastecimento de água. Muitos deles já não estão ao serviço das pessoas.

 

Os sindicatos têm denunciado o aumento fabuloso dos lucros dos mesmos grupos económicos e empresas que, depois, garantem não poder aumentar os salários...

Lucros enormes, sim, escandalosos. E garantem que não podem pagar mais… Mas algo está a mudar na resposta a tudo isto. Há piquetes de greve em todo o país, há muito tempo que não havia tantos e em sectores tão variados. Os piquetes são um local de aprendizagem, há muito debate entre trabalhadores e destes com quem lá vai apoiar. E sente-se uma maior compreensão da generalidade das pessoas para com as greves e os seus motivos.

Na Grã-Bretanha só existe uma central sindical, a TUC [Trade Union Congress, na sigla inglesa], que tem depois ramificações a nível local, e nos últimos tempos a participação tem sido imensa a este nível: os diferentes sindicatos encontram-se, conversam, planificam, organizam, apoiam-se... Mas, é claro, temos ainda muito trabalho a fazer.

 

E qual a acção que o Partido Comunista Britânico tem desenvolvido nestes protestos?

A influência do Partido Comunista Britânico é claramente superior à sua dimensão. Apoiamos os sindicatos que estão a desenvolver as lutas em defesa dos seus salários e direitos, mas também dos serviços públicos, e defendemos de um modo muito firme e claro a renacionalização dos sectores da energia, da água, dos serviços de emergência, da saúde, da educação, que estão hoje em mãos privadas.

A criação de organizações do partido nas empresas está entre os nossos objectivos e temos vindo a colocar aos nossos militantes a necessidade de se sindicalizarem, de participarem nos sindicatos locais e nos piquetes, de se aproximarem dos trabalhadores, das suas aspirações e das suas lutas.

 

Como vê o PCB os desenvolvimentos políticos no Reino Unido, incluindo quanto ao próximo governo britânico e à sua política?

A nova primeira-ministra [Liz Truss] foi escolhida pelo Partido Conservador e não pelo povo britânico. O nosso partido defendia a realização de novas eleições, mas nem o Partido Trabalhista as exigiu. A classe dominante deve estar a esfregar as mãos de contente…

Para os trabalhadores britânicos seria menos mau um governo trabalhista, mas temos de ser realistas quanto ao que esse governo seria. Por exemplo, a direcção do Partido Trabalhista deu orientações às suas organizações e membros para que não participassem nos piquetes de greve nem lhes prestassem qualquer tipo de apoio e solidariedade.


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