Cuba enfrenta enorme incêndio em tanques de combustível em Matanzas

Bombeiros e especialistas de Cuba, México e Venezuela estão a combater um violento incêndio, provocado por um raio, no dia 5, em depósitos de combustível na cidade de Matanzas.

Venezuela e México enviaram equipas de bombeiros e peritos para ajudar a combater o fogo

Na terça-feira, 9, o quarto dia de combate ao incêndio na base de depósitos de combustível em Matanzas, em Cuba, começou com o retorno dos helicópteros que derramam milhares de toneladas de água na zona do sinistro.

São aparelhos da Força Aérea Revolucionária que recolhem a água na baía de Matanzas, onde se localiza a maior instalação de armazenagem e transvase de combustível da ilha caribenha. Na operação de combate às chamas participam também aviões-cisterna.

Relata a Prensa Latina que da zona de desastre levantava-se nesse dia uma coluna de fumo escuro e que o vento, soprando menos forte, poderia ajudar os bombeiros e peritos cubanos, mexicanos e venezuelanos, unidos nos esforços para sufocar o fogo de grandes proporções.

De acordo com o tenente-coronel Alexander Ávalo, segundo chefe do Corpo de Bombeiros, as altas temperaturas, o fumo, a pouca visibilidade e a força do vento dificultam o bombardeamento com espuma e outros produtos químicos a chamada zona quente.

Mantém-se, entretanto, a monitorização da qualidade do ar na zona e as autoridades instam a continuação de acções preventivas perante esta contingência inédita em Cuba.

As autoridades de saúde indicaram que não se registaram impactos negativos na população pela nuvem de fumo que persiste e se estende para Ocidente.

O sinistro começou na sexta-feira, 5, à tarde, e provocou a morte de um bombeiro, havendo 14 desaparecidos. Foram atendidas nos hospitais de Matanzas e de Havana mais de uma centena de pessoas, que na sua maioria já tiveram alta.

A causa do incêndio foi um raio que atingiu um dos depósitos, provocando o incêndio. Nesta época do ano, entre Julho e Setembro, é frequente a ocorrência de tempestades eléctricas, sendo Cuba um dos países mais afectados por estes fenómenos naturais.

Solidariedade internacional

Poucas horas após o deflagrar do incêndio em Matanzas, o governo de Cuba solicitou ajuda internacional. A ilha começou já a receber donativos, principalmente em medicamentos, equipamentos para enfrentar o fogo e alimentos.

O aeroporto internacional de Varadero está a receber voos, a maior parte procedente do México e da Venezuela, que enviaram brigadas especializadas no enfrentamento deste tipo de desastres.

Vários países, instituições, organismos do sistema das Nações Unidas e movimentos de solidariedade têm feito chegar mensagens de apoio, manifestando a disposição de cooperar a partir das necessidades da nação cubana.

Em Cuba, outras zonas do país têm enviado equipamento e recursos humanos, donativos e dádivas de sangue, mostrando solidariedade com Matanzas. O presidente Miguel Díaz-Canel e outros dirigentes estão a articular com as autoridades provinciais todas as operações.


Fraternal solidariedade
dos comunistas portugueses

O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português enviou ao Partido Comunista de Cuba, no dia 8, a seguinte mensagem:

«Perante o grave incêndio de depósitos de combustível em Matanzas e as suas trágicas consequências, queremos transmitir-vos a fraternal solidariedade dos comunistas portugueses e expressar o nosso pesar pela perda de vidas humanas, feridos e desaparecidos. Transmitimos também o nosso apreço aos trabalhadores que com grandes riscos se empenham no combate ao incêndio. Fazemos votos para que os grandes esforços para impedir a propagação do incêndio sejam coroados de êxito e este seja extinto o mais rapidamente possível.

Expressamos a nossa profunda confiança em que o povo cubano, empenhado na defesa da sua revolução socialista, vencerá mais esta dura provação».



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