Partido Comunista Colombiano saúda novo governo de mudança
O Partido Comunista Colombiano (PCC), integrante do Pacto Histórico, saudou o presidente Gustavo Petro e a vice-presidente Francia Márquez pela tomada de posse dos mais altos dirigentes da República da Colômbia, no dia 7, em Bogotá.
Em comunicado do seu Comité Central, o PCC saudou também o novo gabinete ministerial designado, no qual «se reflectem o pluralismo, as visões coincidentes com o programa de governo e o compromisso democrático com a justiça social, a construção da paz integral e a resposta às necessidades prementes das maiorias».
O PCC exortou «todas as forças políticas do país a superar todas as expressões de discriminação, estigmatização e macartismo, em prol de uma Colômbia que respeite as liberdades, a paz e a vida».
Nas redes sociais, os comunistas saudaram também a designação, pelo novo presidente da República, de Gloria Inés Ramírez como ministra do Trabalho. Trata-se de uma dirigente do PCC, ex-presidente da Federação Colombiana de Educadores, ex-senadora da República e vice-presidente da Federação Democrática de Mulheres. «Recebemos com entusiasmo a nomeação de Gloria Inés como nova ministra do Trabalho. Os direitos laborais e a erradicação do desemprego serão parte da agenda principal pela transformação da Colômbia», congratulou-se a direcção executiva nacional do PCC.
Perante milhares de pessoas, numa cerimónia histórica, Gustavo Petro converteu-se no primeiro presidente das forças progressistas e de esquerda da Colômbia.
O acto de investidura foi uma grande festa popular, caracterizada por uma «explosão de cultura», expressões artísticas dos mais diversos territórios da Colômbia pluri-étnica, que tiveram lugar nas avenidas e espaços públicos em redor da Praça Bolívar, onde decorreu a cerimónia.
Petro: «tornámos possível o impossível»
Depois de prestar juramento como presidente da Colômbia, Petro deu posse à vice-presidente Francia Márquez e proferiu um discurso em que expôs os grandes compromissos do seu governo. Paz, unidade, desenvolvimento, luta contra a corrupção, nova política antidrogas, integração, defesa do meio ambiente, diálogo, segurança, inclusão, foram, entre outros, os temas abordados pelo novo chefe do Estado na sua alocução.
«Hoje começa a Colômbia do possível. Estamos aqui contra todas as previsões, contra uma história que dizia que nunca íamos governar, contra os de sempre, contra os que não queriam largar o poder. Mas conseguimos», sublinhou o presidente.
«Tornámos possível o impossível. Com trabalho, viajando e escutando, com ideias, com amor, com esforço. A partir de hoje começamos a trabalhar para que mais impossíveis sejam possíveis na Colômbia. Se pudemos, poderemos», enfatizou.
Também no domingo, 7, o novo chefe do Estado deu posse aos membros do seu gabinete ministerial, marcando o início da sua governação. E assegurou aos milhares de pessoas que participaram nos festejos: «Temos de dizer basta à divisão que nos enfrenta como povo. Eu não quero dois países, como não quero duas sociedades. Quero uma Colômbia forte, justa e unida. Os reptos e desafios que temos como nação exigem uma etapa de unidade e consenso básicos. É a nossa responsabilidade».