O governo russo anunciou na terça-feira, 2, que poderá romper as relações diplomáticas com os Estados Unidos da América se o Congresso norte-americano incluir a Rússia na sua lista de «patrocinadores do terrorismo».

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakárova, afirmou numa conferência de imprensa, em Moscovo, que «o resultado lógico de tal passo poderia ser uma ruptura das relações diplomáticas». Acrescentou que a Casa Branca «corre o risco de ultrapassar finalmente o ponto de não retorno, com todas as consequências».

Neste sentido, a porta-voz ministerial russa ironizou que o Congresso norte-americano encara a possível inclusão de Moscovo na tal lista como «um terrível castigo que pode obrigar a Rússia a viver segundo a ordem mundial inventada pelos EUA».

A diplomata russa considerou que o Kremlin está preparado para qualquer cenário das relações bilaterais e enfatizou que «se Washington decidir cessar completamente a interacção com Moscovo, sobreviveremos».

O Senado norte-americano aprovou a 28 de Julho uma resolução que pede a inclusão na famigerada lista de «países patrocinadores do terrorismo» em que figuram Síria, Coreia do Norte, Irão e Cuba.

Pela sua parte, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, expressou que a decisão, juntamente com uma série de outras propostas, será considerada «para impor mais custos à Rússia», o que requer «uma determinação por parte do Departamento do Estado sobre critérios específicos».