Agências das Nações Unidas e organizações humanitárias celebraram na quarta-feira, 3, a extensão da trégua por mais dois meses, no Iémen, país devastado após mais de sete anos de guerra.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacou em comunicado a necessidade de manter a interrupção dos combates.

Desde que começou, em Abril deste ano, a trégua implicou uma redução significativa da intensidade do conflito e do número de vítimas, apesar de 113 crianças terem sido assassinadas ou mutiladas desde essa data, alertou a instituição.

Por sua parte, o coordenador humanitário da ONU no Iémen, David Gressly, apoiou «totalmente» os esforços do enviado especial das Nações Unidas para esse país, Hans Grundberg, figura envolvida nas conversações entre o governo e os rebeldes hutíes.

Raouf Mazou, comissário adjunto da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), afirmou que essa decisão é «uma boa notícia para os 4,3 milhões de iemenitas deslocados».

Grundberg anunciou que o cessar dos combates estará em vigor entre 2 de Agosto e 2 de Outubro próximo. O novo pacto «inclui o compromisso das partes de intensificar as negociações para chegar a um acordo de trégua ampliada» logo que seja possível.

O funcionário da ONU afirmou que o principal objectivo da trégua é proporcionar um alívio tangível aos civis e criar um contexto propício a que se alcance uma solução pacífica do conflito mediante um processo político.