Por prioridades e soluções, professores exigem urgência

Ainda este mês, deve re­a­lizar-se uma reu­nião entre a Fen­prof e o Mi­nis­tério da Edu­cação, para iden­ti­ficar os pro­blemas, de­finir so­lu­ções e pri­o­ri­dades e agendar os pro­cessos ne­go­ciais fun­da­men­tais.

As so­lu­ções nascem com diá­logo con­se­quente e ne­go­ci­ação co­lec­tiva

Essa reu­nião com a equipa po­lí­tica do Mi­nis­tério foi exi­gida no dia 15, sexta-feira, pelos pro­fes­sores e edu­ca­dores pre­sentes no ple­nário que a Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores re­a­lizou em Lisboa, no Jardim da Es­trela.

Na moção que apro­varam e que, em des­file pela Ave­nida In­fante Santo, foram de­pois en­tregar no ME, os par­ti­ci­pantes no ple­nário na­ci­onal afirmam que os pro­blemas que afectam os do­centes e as es­colas ar­rastam-se e agra­varam-se, nal­guns casos, porque «de­correm de op­ções po­lí­ticas e são con­sequência di­recta do sub­fi­nan­ci­a­mento cró­nico a que a Edu­cação tem es­tado su­jeita».

Pro­blemas, re­fe­ridos na moção, como «a pro­lon­gada pre­ca­ri­e­dade, a de­ses­tru­tu­rada car­reira, os in­justos efeitos das ab­surdas quotas de ava­li­ação e vagas para pro­gressão, o des­va­lo­ri­zado sa­lário, o des­re­gu­lado ho­rário, entre ou­tras con­di­ções de tra­balho nas es­colas, a inútil bu­ro­cracia ou o pro­gres­sivo en­ve­lhe­ci­mento» da pro­fissão, são con­si­de­rados «das prin­ci­pais causas do aban­dono de muitos pro­fis­si­o­nais, da fuga dos jo­vens à pro­fissão do­cente e, assim, da cres­cente falta de pro­fes­sores nas es­colas», a qual «não pode ser su­pe­rada com o re­curso a so­lu­ções avulsas, ime­di­a­tistas e menos qua­li­fi­cadas».

A estes acrescem, no que res­peita às es­colas, «o pro­cesso de mu­ni­ci­pa­li­zação im­posto pelo Go­verno, as li­mi­ta­ções que de­correm do mo­delo não de­mo­crá­tico de gestão, que PS e toda a di­reita par­la­mentar teimam em manter, ou o sub­fi­nan­ci­a­mento, que se ar­rasta há anos».

Para a Fen­prof, é «le­gí­timo e justo exigir apreço pelos pro­fes­sores e a sua va­lo­ri­zação so­cial e ma­te­rial»; é «obri­ga­tório o poder po­lí­tico, no res­peito pelos pro­fes­sores e pelas suas or­ga­ni­za­ções sin­di­cais re­pre­sen­ta­tivas, pro­mover o diá­logo so­cial con­se­quente, que dê lugar a pro­cessos de ne­go­ci­ação co­lec­tiva e, por essa via, à re­so­lução dos pro­blemas»; e é «in­dis­pen­sável, no Or­ça­mento do Es­tado, a Edu­cação valer, no mí­nimo, 6% do PIB».

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Salários melhores exigidos com unidade e greves

Au­mentos sa­la­riais, para repor perdas e sem dis­cri­mi­na­ções, mas também a me­lhoria das con­di­ções de tra­balho, mo­ti­varam as greves na Bosch, na Va­lorsul, no Ca­sino de Chaves e na Trans­tejo e So­flusa.

Guardas-florestais pararam dia 15

A greve dos guardas-florestais do SEPNA/GNR, na passada sexta-feira, dia 15, teve uma adesão de 95 por cento, como referiu à agência Lusa uma dirigente da FNSTFPS. Elisabete Gonçalves assinalou que a guarda-florestal é «a polícia criminal mais mal paga», o que foi ilustrado com declarações de...

Greve na DGAV

Com «boa adesão», fizeram greve, dia 11, os trabalhadores com funções de inspecção veterinária e sanitária da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, provocando constrangimentos nos matadouros, alguns dos quais encerraram, como adiantou a Federação da Função Pública (FNSTFPS). Exigindo urgência na resolução dos...