Manifestações massivas no Sri Lanka contra a grave crise económica

O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, foi nomeado na quarta-feira, 13, presidente em exercício, depois do anterior chefe do Estado, Gotabaya Rajapaksa, ter fugido para as Maldivas perante as manifestações populares massivas dos últimos dias contra a má gestão económica do país.

O presidente do parlamento, Mahinda Yapa Abeywardena, anunciou que Rajapaksa designou o primeiro-ministro Wickremesinghe para exercer as funções de presidente enquanto ele estiver no estrangeiro. Wickremesinghe, na qualidade de presidente interino, impôs o recolher obrigatório na província Ocidental, com efeito imediato, bem como o estado de emergência em toda a ilha, anunciou o gabinete do até agora primeiro-ministro, de acordo com a Prensa Latina. Ordenou também às forças de segurança que detenham quem tiver «comportamento insubordinado».

Estas medidas surgiram na manhã de quarta-feira, quando milhares de manifestantes se concentravam junto do gabinete do primeiro-ministro e em outros locais de Colombo.

O até agora presidente do Sri Lanka, Rajapaksa, de 73 anos, abandonou a ilha, juntamente com a esposa e dois oficiais dos serviços de segurança, num avião militar, com destino às Maldivas, de acordo com um breve comunicado da Força Aérea do país.

Rajapaksa anunciou previamente, no sábado, 9, que se demitiria nesta semana, isso após milhares de manifestantes terem assaltado e ocupado a sua residência oficial, culpando-o da crise económica sem precedentes no país.

Perante as notícias da nomeação de Wickremesinghe para a presidência interina, e com a situação em permanente evolução, estalaram novos protestos em vários locais de Colombo, pois os manifestantes exigem que tanto o presidente como o primeiro-ministro se demitam, por responsabilidades na actual crise económica.

Os manifestantes continuam a ocupar os principais edifícios da capital – as residências oficiais do presidente e do primeiro-ministro e a Presidência da República –, exigindo a demissão dos dois governantes.

O Sri Lanka (ex-Ceilão), um país de 22 milhões de habitantes, atravessa a sua pior crise económica em sete décadas, com milhões de pessoas em dificuldades para adquirir alimentos, medicamentos, combustíveis e outros artigos de primeira necessidade.




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