Revolução Cubana é o povo digno e heróico que resiste e cria
Cuba denunciou há um ano que os EUA lançaram uma operação política e mediática para alentar focos de violência e alentar um «golpe suave» contra a Revolução. Um ano após a operação de subversão de Julho de 2021, os cubanos celebraram a vitória sobre o ódio e as tentativas de desestabilização.
China insta EUA a levantar de forma integral sanções unilaterais contra Cuba
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou que a Revolução Cubana é o povo digno e heróico que resiste e cria. Destacou através das redes sociais que os cubanos resistem ao ódio de um bloqueio genocida há mais de 60 anos e em resposta «criam todos os dias uma obra de amor».
Nos últimos dias, muitas foram as mostras de solidariedade internacional com a Revolução e o povo cubanos. Dessa maneira, o mundo reconhece a luta da ilha caribenha face aos obstáculos que advêm do criminoso bloqueio dos EUA e dos seus planos de asfixiar economicamente e desestabilizar o país.
Em 11 de Julho do ano passado houve actos de violência contra pessoas e bens públicos, incentivados do exterior, a partir de uma operação política e mediática. Sobre essa operação de subversão, Díaz-Canel refere que, hoje, se há algo a celebrar é a vitória do povo sobre os intentos de levar a cabo um «golpe suave».
Na mesma ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodriguez, agradeceu as novas mostras de apoio e solidariedade mundial com a ilha e contra o bloqueio dos EUA.
O governante manifestou gratidão aos amigos e compatriotas espalhados pelo mundo que «reafirmaram o seu apoio à luta pela soberania face aos planos desestabilizadores do governo dos EUA». E salientou que o actual presidente norte-americano continua, com o bloqueio, a política de ódio do seu antecessor face ao povo cubano, a qual se expressa com a vigência de 243 medidas, 55 delas reforçadas durante os piores momentos da COVID-19 em Cuba.
Diplomacia coerciva
A China instou os EUA a revogar as sanções unilaterais recentemente impostas contra 28 responsáveis cubanos e qualificou essa acção como um exemplo típico da diplomacia coerciva.
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, falando aos jornalistas na segunda-feira, 11, disse que tais medidas são injustificáveis e ratificou o apoio de Pequim aos esforços do governo e povo cubanos para manter a estabilidade social.
Recordou também o apoio maioritário da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, durante 29 anos seguidos, às resoluções propostas por Havana para cessar o bloqueio económico, comercial e financeiro que Washington impõe há mais de seis décadas. «Instamos os EUA a escutar o clamor de justiça da comunidade internacional e a seguir os propósitos e princípios da Carta da ONU para levantar de forma integral as sanções unilaterais contra Cuba», declarou o diplomata chinês.
Solidariedade hoje em Lisboa e segunda-feira no Porto
Fim ao bloqueio! Solidariedade com Cuba! América Latina livre e Soberana é o lema da acção marcada para hoje, 14, às 18h00, na Praça do Rossio, em Lisboa. A convocatória parte de um conjunto de organizações, desde logo a Associação de Amizade Portugal-Cuba.
No apelo que convoca as duas iniciativas, denuncia-se o modo como o «cruel bloqueio económico, comercial, financeiro que os EUA impõem a Cuba atenta gravemente contra os direitos do povo cubano e o desenvolvimento do seu país». A sistemática obstaculização das operações bancário-financeiras necessárias à importação de bens, como alimentos, medicamentos, matérias-primas ou tecnologia, assim como o dificultar do desenvolvimento das relações económicas entre Cuba e outros países, «que os EUA activamente promovem, têm como objectivo infligir sofrimento ao povo cubano que ousa determinar de forma soberana e independente o seu caminho».
Mas o bloqueio «insere-se numa mais ampla e premeditada acção de desestabilização contra Cuba e o seu povo, através da qual os EUA pretendem impor uma “mudança de regime”, como fizeram durante décadas em tantos outros países latino-americanos e caribenhos», afirma o Apelo.
Lembrando a exigência de fim do bloqueio, anualmente reafirmada pela esmagadora maioria dos países com assento na Assembleia-geral das Nações Unidas, sublinha-se a resistência de Cuba ao longo de mais de 60 anos e as importantes conquistas que alcançou – na saúde, na educação, na cultura ou na ciência, alcançando avançados índices de desenvolvimento social.
«Cuba é um exemplo de resistência, coragem e dignidade, de soberania e independência, de solidariedade e cooperação – que dá esperança e confiança aos povos da América Latina e de todo o mundo e força à sua aspiração à paz e ao progresso social», acrescenta-se. No dia 18, também às 18h00, realiza-se outra iniciativa, na sede da Universidade Popular do Porto.