Degradação das condições de vida
O PCP reiterou pela voz da deputada Diana Ferreira a sua preocupação pela «acentuada degradação da situação económica e social, com o brutal aumento do custo de vida», lamentando que não se vislumbrem «quaisquer medidas» para atacar a situação. Bem pelo contrário, anotou, o que há é a imposição por parte da União Europeia de «trajectórias de ajustamento» (em relação à dívida, por exemplo) que «prejudicam o crescimento, em simultâneo com a recusa em aumentar salários e pensões para repor o poder de compra perdido e com a «ausência de medidas de regulação de preços».
A parlamentar comunista, que falava no debate parlamentar que antecedeu o recente Conselho Europeu, chamou a atenção para os efeitos nefastos não só das sanções mas também dos «aproveitamentos vários», nomeadamente «dos grupos económicos que, a pretexto da guerra, fomentam a especulação e oneram fortemente os trabalhadores e as populações».
Registando que a inflação já vai nos 8%, que os salários e pensões «não chegam ao fim do mês» e que os preços de bens essenciais «não param de aumentar», Diana Ferreira deixou uma pergunta: «E o Governo não tem nada a dizer sobre isto?»