«Os Mesmos de Sempre a Pagar» contra o aumento do custo de vida
O Movimento «Os Mesmos de Sempre a Pagar» promoveu, em todo o País, nos dias 2, 3 e 4 de Junho, dezenas de acções de protesto contra o aumento do custo de vida. Nas diversas acções (tribunas públicas, concentrações, desfiles, buzinões, arruadas) foi distribuído um documento onde se afirma que «o agravamento do custo de vida não é uma inevitabilidade», antes «um caminho escolhido pelo Governo». «Enquanto a maioria do povo empobrece, os lucros de grandes empresas não param de aumentar», acusa o Movimento.
Face à «gravidade» da situação, exige-se «medidas imediatas», desde logo «travar o roubo nas bombas de gasolina e nos hipermercados, fixando os preços nos produtos, nos bens essenciais, em particular dos alimentos e dos combustíveis». Também os «combustíveis, electricidade e gás não podem ser tributados ao nível dos iates, diamantes e bens de luxo», sendo por isso «urgente que a energia seja tributada a seis por cento de IVA e não a 23 por cento como acontece hoje».
Este Movimento reclama, igualmente, «o aumento dos salários, reformas e pensões, nunca abaixo da inflação», que «os lucros das grandes empresas sejam transferidos para um fundo nacional de combate à crise» e «condições que defendam e garantam que os pequenos comerciantes se aguentam e mantenham os seus negócios abertos».