Candidato do Pacto Histórico defende desenvolvimento sustentável na Colômbia
O candidato presidencial do Pacto Histórico, Gustavo Petro, continua a explicar em contactos com a população colombiana as suas propostas de governo para um desenvolvimento sustentável e em harmonia com a natureza.
Para que a Colômbia seja uma «Potência Mundial da Vida», como promete o Pacto, é necessário realizar transformações de fundo para enfrentar a emergência pela mudança climática e a perda de biodiversidade, destaca o projecto da coligação de forças alternativas e de esquerda.
«Isto implica transitar para uma economia produtiva baseada no respeito pela natureza, deixando para trás a dependência exclusiva do modelo extractivista e democratizando o uso de energias limpas», defendeu Petro, ao conversar na segunda-feira, 6, com mineiros de Boyacá e taxistas, com quem abordou também os direitos laborais de ambos os colectivos de trabalhadores.
O candidato destacou que a mudança climática aprofunda desigualdades, compromete a segurança e a soberania alimentares, exacerba os conflitos ambientais que aceleram a desflorestação e a deterioração de enormes áreas do país como a Amazónia. Além disso, esgota a água, ameaça a biodiversidade e amplia a ocorrência e as consequências dos desastres naturais. «Face à destruição da economia e à política da morte, avançaremos no restabelecimento do equilíbrio reprodutivo entre a sociedade e o ambiente com justiça social», assegura.
Uma sondagem publicada em Bogotá revela que o candidato do Pacto Histórico é favorito na segunda volta eleitoral, no próximo dia 19, conquistando 44,9 por cento dos votos directos, ou seja, antes da distribuição dos indecisos. Um estudo de opinião do Centro Nacional de Consultoria (CNC) para a revista Semana, divulgado no dia 4, indica que Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, o opositor de Petro, obteria 41 por cento dos sufrágios. Para esta sondagem, o CNC consultou presencialmente 2172 cidadãos em 50 municípios do país entre 31 de Maio e 2 de Junho.
Em relação a um estudo anterior, publicado a 30 do mês passado, no dia seguinte à primeira volta das presidenciais, que apontava para um «empate técnico», Petro cresceu cerca de três pontos percentuais na intenção de voto.
Na primeira volta, a fórmula integrada pelos candidatos do Pacto Histórico, Gustavo Petro (presidente) e Francia Márquez (vice-presidente), alcançou oito milhões, 542 mil e 20 sufrágios, que representam 40,34 por cento do total de votos. A outra candidatura que passou à segunda volta, protagonizada por Rodolfo Hernández e Marelen Castillo, conseguiu cinco milhões, 965 mil e 531 votos, correspondentes a 28,17 por cento.