Não faltará muito para que sejam conhecidos os traços gerais do programa cultural da próxima Festa, mas é já muito o que pode ser adiantado. Desde logo a realização do concerto sinfónico de sexta-feira, no Palco 25 de Abril, com direito a lugares sentados – já não por imperativo de protecção sanitária, mas por garantia de conforto aos visitantes. Os restantes espectáculos serão realizados nos três palcos da Festa: para além do Palco 25 de Abril, o Auditório 1.º de Maio e o Palco Paz.

Mas não só de música se fará a programação da Festa, na qual o centenário de José Saramago e os 80 anos de Adriano Correia de Oliveira estarão em evidente destaque.

O Avanteatro continuará a trazer à Quinta da Atalaia o melhor que se faz em Portugal ao nível das artes de palco e o CineAvante a partilhar com os visitantes da Festa o fascínio do cinema de ficção, documental e de animação – naquele novo e tão agradável espaço ao ar livre, junto ao lago. A ciência e as artes plásticas terão uma vez mais os seus espaços próprios, amplos e cuidados, favorecendo visitas serenas e estadias agradáveis, essenciais para a contemplação, o questionamento, a experimentação.

Um dos sectores mais prejudicados pela epidemia, o desporto, terá uma vez mais uma rica e diversificada programação, entre galas, saraus e torneios, das mais variadas modalidades – da dança às artes marciais e desportos de combate, dos jogos tradicionais ao futsal, basquetebol ou andebol, passando pelo desporto adaptado. A organização resultará, como sempre, da parceria entre a Festa do Avante! e omovimento associativo, autênticos pilares da consagração do direito ao desporto para todos em Portugal.

E há uma novidade, o regresso da Corrida (ver caixa).

Os amantes da leitura voltarão a ter, na Festa do Livro, um mundo a explorar. Dos clássicos da literatura aos novos autores, da política à ciência, passando pelos livros infanto-juvenis, encontra-se de tudo a preços convidativos. Ao lado, a Festa do Disco terá, como sempre, o melhor da música que se faz no País e no mundo, e em particular dos artistas e grupos que passam ou passaram pelos palcos da Festa.

O Partido,

o País e o mundo

O Espaço Central é uma espécie de sala de visitas da Festa do Avante!, onde se fica a conhecer quem todos os anos a constrói, divulga e faz funcionar, o seu projecto político cujos valores têm expressão ali, como talvez em nenhum outro local de forma tão plena e cabal.

Ali estarão patentes as principais exposições e terão lugar os mais importantes debates, abertos à participação de todos. Também é naquele local que se poderá conversar com eleitos e dirigentes do PCP, saber mais sobre o que defende e por que luta e – quem sabe? – dar o passo decisivo e somar força às suas fileiras e ao exaltante combate pela paz, a liberdade, a democracia e o socialismo.

Mas no Espaço Central é igualmente possível descansar e conviver na esplanada do Café da Amizade ou levar alguma recordação da Loja da Festa.

Os espaços das organizações regionais do PCP são um mundo a explorar. Ali está o pulsar do País, mostrado por quem todos os dias se bate para que seja melhor, mais justo e mais solidário. Ali as lutas convivem com os sabores, os sotaques e as tradições: os restaurantes, os bares e as esplanadas; as bancas, o artesanato e as exposições; os concertos improvisados e as conversas animadas fazem sempre parte da ementa – à qual cada um poderá sempre acrescentar a sua alegria e a sua voz. Todos são bem-vindos.

No Espaço Internacional está o mundo que resiste e luta. Contra a guerra, pela paz. Contra o imperialismo, pela soberania. Contra a opressão, pela democracia. Contra a exploração, pelos direitos. Contra o capitalismo, pelo socialismo. Nos pavilhões dos diversos partidos e organizações comunistas, revolucionários e progressistas, é possível conhecer melhor as suas lutas e culturas (sabores, cores, sons). Na Festa mais solidária do País, é no Espaço Internacional que ela mais pulsa – e nos dois sentidos. O internacionalismo é um dos alicerces do ideal a que a Festa dá expressão.

Alegria

Na Festa do Avante!, a juventude assume um papeldestacado – no cumprimento das mais variadas tarefas de construção, divulgação e funcionamento, no modo ímpar como vive cada momento, na alegria e confiança com que se entrega à militância, à camaradagem, ao convívio.

Presentes em toda a Festa, é na Cidade da Juventude que os jovens mais se destacam. Num espaço totalmente concebido e construído pela Juventude Comunista Portuguesa, ali estarão uma vez mais em realce as lutas dos jovens pelo direito a viver no seu país: pelo trabalho digno e com direitos, contra a precariedade; pelo ensino público universal, geral e gratuito, contra exclusões e discriminações de todo o género; pelo direito a uma habitação digna, à cultura e ao desporto; pela paz e a solidariedade; para que cada um possa ser como efectivamente é.

Os mais novos entre os mais novos também têm o seu espaço, pois a Festa é também para elas e para as suas famílias: em todos os espaços há programação especial que lhe é dedicada e no Espaço Criança há baloiços, escorregas, jogos de água, horas do conto, pinturas faciais, muita sombra e árvores com fartura… A alegria, essa é contagiante e transborda sempre os limites da Atalaia.