Denunciados crimes de Israel contra crianças palestinianas
As crianças palestinianas sofrem a violência, a brutalidade e os crimes que as forças militares israelitas levam a cabo diariamente e de forma organizada.
As violações que as tropas de Telavive praticam sistematicamente «não só deixam marcas nos nossos menores mas também os privam dos seus direitos mais básicos», afirmou o ministro palestiniano do Desenvolvimento Social, Ahmed Majdalani, num comunicado divulgado em Ramala, no Dia da Criança Palestiniana, celebrado todos os anos a 5 de Abril.
Majdalani destacou que, desde o início de 2022, foram assassinadas por militares de Israel cinco palestinianos menores de 18 anos e, em 2021, morreram assim 87 crianças e jovens.
Devido à ocupação israelita, muitas crianças palestinianas vivem em condições que contrariam as normas do direito internacional e a Convenção sobre os Direitos da Criança, explicou o responsável. «A nossa mensagem para todos, neste dia, é de luta para conquistar os direitos das nossas crianças e travar a violência que se pratica contra elas», realçou.
Também a Associação de Presos Palestinianos denunciou que desde 2015 os militares israelitas prenderam mais de nove mil crianças palestinianas.
Segundo o Gabinete Central de Estatísticas, os menores de 18 anos em Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, somam 2,35 milhões, o que representa 43,9 por cento da população residente nos territórios ocupados.
Assassinados em 2021
mais 355 palestinianos
As tropas israelitas mataram 355 palestinianos e feriram 16.500 ao longo do ano de 2021, acusou em Ramala o Ministério da Saúde.
O organismo precisou que 265 das mortes ocorreram na faixa de Gaza, a maioria em Maio, durante a onda de bombardeamentos de duas semanas pelo exército de Telavive.
As outras 90 mortes registaram-se na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental.
Do total de vítimas mortais, 87 eram menores de idade, havendo também 60 mulheres e 18 anciãos.
Instituições encerradas
em Jerusalém Oriental
Israel decidiu manter encerradas 28 associações e instituições palestinianas activas em Jerusalém Oriental, zona ocupada desde 1967.
O anúncio surgiu no dia 4, numa sessão de informação em que participaram os serviços de segurança e vários ministérios israelitas.
Entre os organismos atingidos figuram a Casa do Oriente, que albergou a Sociedade de Estudos Árabes e foi sede da Organização para a Libertação da Palestina e a Associação de Presos Palestinianos, uma organização não-governamental que se dedica a monitorizar a questão dos detidos em cárceres israelitas.
As autoridades ocupantes anunciaram que continuarão com esta política, a pretexto de não permitir «a ruptura da soberania israelita» sobre toda a cidade.