NATO preconiza «ciências do cérebro» como arma

«Uma questão séria com implicações a vários níveis». Assim classificam os deputados do PCP no Parlamento Europeu a investigação e o desenvolvimento pela NATO da chamada Guerra Cognitiva, que visa usar «as ciências do cérebro como arma».

O PCP quer saber se a UE está envolvida em projectos destes

Os deputados do Partido Comunista Português no Parlamento Europeu questionaram a Comissão Europeia acerca de um estudo da NATO sobre o uso das «ciências do cérebro» como armas no plano da Guerra Cognitiva.

Na pergunta escrita, explicam que, em 2020, foi publicado um estudo intitulado Guerra Cognitiva (Cognitive Warfare), encomendado pela NATO através do Comando Aliado da Transformação (ACT) ao ex-militar francês François de Clouzel, chefe do Centro de Inovação (iHub), a funcionar em Norfolk, Virgínia, EUA.

O referido estudo identifica o assunto como sendo o sexto domínio de acção da NATO, a par dos restantes – terra, mar, ar, espaço e cibernético. Define que «o cérebro será o campo de batalha do século XXI» e «os seres humanos são o domínio em disputa», esclarecendo que a guerra cognitiva será a maneira de usar «as ciências do cérebro como arma» para travar «um combate contra o nosso processador individual, o nosso cérebro».

Trata-se de uma «questão séria com implicações a vários níveis», consideram os deputados comunistas portugueses no Parlamento Europeu. Assim, pretendem saber, em concreto e em pormenor, se a União Europeia teve ou tem alguma colaboração com a NATO no campo da investigação e desenvolvimento da Guerra Cognitiva e que avaliação faz sobre o tema em questão. Em suma: «Está ou esteve a União Europeia envolvida em algum projecto sobre esta temática?», questionam.




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