Justiça britânica impede Julian Assange de recorrer contra extradição para EUA

O Su­premo Tri­bunal bri­tâ­nico re­cusou dar se­gui­mento ao re­curso apre­sen­tado por Ju­lian As­sange contra uma de­cisão ju­di­cial an­te­rior fa­vo­rável à sua ex­tra­dição para os Es­tados Unidos da Amé­rica, anun­ci­aram em Lon­dres, no dia 14, os ad­vo­gados do fun­dador do Wi­ki­Leaks. Se­gundo a de­fesa do jor­na­lista aus­tra­liano, a mais alta ins­tância ju­di­cial do Reino Unido jus­ti­ficou a sua re­cusa de aceitar o caso com o ar­gu­mento de que o re­curso ca­rece de fun­da­mento ju­rí­dico plau­sível.

Ao de­cidir dessa forma, o Su­premo Tri­bunal co­locou o des­tino de As­sange nas mãos da mi­nistra bri­tâ­nica do In­te­rior, Priti Patel, ainda que não es­teja des­car­tada a in­ter­po­sição de um novo re­curso, agora ao Tri­bunal Eu­ropeu dos Di­reitos Hu­manos.

Os EUA per­se­guem As­sange por ter de­nun­ciado no Wi­ki­Leaks pre­su­mí­veis crimes de guerra co­me­tidos por mi­li­tares norte-ame­ri­canos no Iraque e no Afe­ga­nistão e pu­bli­cado mi­lhares de te­le­gramas se­cretos da di­plo­macia de Washington.

Se for ex­tra­di­tado para os EUA, o jor­na­lista po­derá ser con­de­nado pela jus­tiça norte-ame­ri­cana a 175 anos de prisão, de­vido às 17 acu­sa­ções de es­pi­o­nagem que lhe são im­pu­tadas.

As­sange está en­car­ce­rado numa prisão de má­xima se­gu­rança bri­tâ­nica desde que o go­verno do Equador lhe re­tirou a pro­tecção di­plo­má­tica ou­tor­gada sete anos antes e per­mitiu à po­lícia bri­tâ­nica en­trar na sua em­bai­xada em Lon­dres para o prender, em 11 de Abril de 2019.

Em­bora não haja ne­nhuma acu­sação contra As­sange, de­pois de ter cum­prido uma con­de­nação de 50 se­manas de prisão por in­cum­prir uma si­tu­ação de li­ber­dade con­di­ci­onal em 2012, a jus­tiça bri­tâ­nica de­cidiu mantê-lo en­car­ce­rado até que se con­clua o pro­cesso de pe­dido de ex­tra­dição apre­sen­tado pela jus­tiça norte-ame­ri­cana.




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