Pela operacionalidade da frota mercante
O sindicato OficiaisMar alertou o Governo para a necessidade de salvaguardar a operacionalidade dos navios mercantes que navegam com bandeira portuguesa e, igualmente, do transporte marítimo integrado nas cadeias logísticas internas e externas ao território europeu.
As preocupações do Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante foram manifestadas num ofício enviado ao primeiro-ministro, revelou a Fectrans/CGTP-IN no dia 5, que também divulgou um memorando elaborado pelo OficiaisMar.
Face a «uma realidade de dependência em relação à mão-de-obra de marítimos (comandantes e oficiais) oriundos de fora de Portugal», o sindicato insiste em defender que é urgente investir na promoção do aumento de tripulações e armadores portugueses que devem estar ao serviço dos interesses do País (da sua economia, do seu povo e da sua soberania). A criação de reservas nacionais estratégicas de sectores-base essenciais à economia, como é o caso da marinha mercante e portos, é uma das soluções que, segundo o OficiaisMar, pode ser imediatamente colocada em prática».
Nos mais de 700 navios de bandeira portuguesa (em segundo registo), 95 por cento dos marítimos são estrangeiros, de acordo com dados de 2019. Entre os nacionais de países fora da UE, destacam-se ucranianos (quatro mil) e russos (dois mil). Ambas estas nacionalidades representam perto de metade dos comandantes e oficiais que fazem navegar os navios de bandeira portuguesa.