Realizar trabalho colectivo significa reforçar o Partido
Ao PCP têm chegado, todos os dias, pessoas novas e o Avante! conversou com duas delas: jovens da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) que, através da Juventude Comunista Portuguesa, encontraram resposta para os seus anseios de intervenção e de luta transformadora.
Ambos entendiam necessária uma mudança naquilo que os rodeava, a bem do seu futuro e do futuro dos jovens portugueses. Faltava-lhes apenas saber responder à pergunta «como». Hoje integrados na JCP – organização revolucionária da juventude portuguesa –, mantêm a mesma vontade de lutar por essa transformação. A essa vontade acrescentaram-se as ferramentas necessárias para o fazer, ombro a ombro com muitos outros.
Alexandre conta que se juntou à JCP em Março do ano passado e explica que vem de uma família bastante ligada ao PCP e à CDU: «os meus pais são ambos militantes. Tenho familiares que militam até n’ “Os Verdes” e o meu avô foi resistente antifascista. Portanto, o meu contacto com este lado das coisas já vem desde então».
Quando celebrou 19 anos, casou o entendimento que tinha da CDU como «uma coligação que defende os direitos dos trabalhadores» à percepção da má situação em que estavam as coisas em Portugal. Decidiu, então, participar ao lado das pessoas que via a trabalhar para resolverem os problemas concretos do povo e aceitou o convite de um amigo para o Encontro Regional de Lisboa da JCP, já com a inscrição em mente.
Para Alexandre, este passo não partiu tanto de uma mudança de opinião ou de posição política, mas mais da percepção de que a transformação só se dá quando se luta por ela.
Questionado em relação ao futuro próximo, o jovem militante afirma que espera poder dar um contributo mais sério na construção da Festa do Avante! deste ano. «Gostei muito de participar no ano passado e acho a Festa algo muito importante», conta. De uma forma mais geral, espera continuar a empenhar-se no desenvolvimento da luta na FCUL e ajudar em tudo o que o Partido precisar.
Luísa tem 20 anos, é de Tomar e veio para Lisboa estudar Matemática. Há um ano apercebeu-se do crescimento das forças de extrema-direita, algo que a preocupou bastante. Juntamente com um amigo, tomou a decisão de se juntar a quem lutava activamente contra essas forças, o que a levou até ao encontro da JCP, que, por sua vez, a levou ao Partido.
Em Abril do ano passado viu-se forçada a voltar para a sua terra natal por causa do confinamento. Lá, começou a participar nas reuniões da CDU, onde discutiam todo o tipo de problemas que a gestão do PS trazia aos tomarenses.
Isto deu-lhe «garra e motivação para a luta», relata, e quando voltou para Lisboa, as reivindicações assumidas pelo colectivo comunista da FCUL começaram a fazer-lhe muito mais sentido.
Ao dia de hoje, Luísa, para além de focada na actividade política desenvolvida pelo seu próprio colectivo, desdobra-se também pelos espaços de outras faculdades, dando cumprimento às tarefas políticas que lhe foram confiadas. Enche-se de confiança ao olhar o futuro e afirma que são cada vez mais os jovens comunistas no Ensino Superior.