Representantes de sindicatos da Confederação Geral do Trabalho (CGT) de França confirmaram em Paris que preparam um novo carregamento por via marítima para Cuba, como parte da sua campanha de solidariedade com o povo cubano face ao bloqueio norte-americano. Num encontro com o embaixador de Cuba em França, Otto Vaillant, os sindicalistas revelaram pormenores da iniciativa, que inclui o envio em Fevereiro ou Março de alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade.

Trata-se de continuar a operação Contentores para Cuba, lançada pela Federação de Ferroviários, a que se juntaram muitos sindicatos da CGT e outras organizações da sociedade francesa.

Através de uma recolha de fundos divulgada nas redes sociais e por outras vias, os promotores da campanha apelam à solidariedade com Cuba, cercada ao longo de mais de 60 anos pelo bloqueio económico, comercial e financeiro promovido pelo governo dos Estados Unidos da América.

Na segunda-feira, 17, também a associação Cuba-Cooperação-França (CubaCoop) anunciou em Paris a chegada à ilha caribenha de dois contendores com donativos para o sector da saúde, enviados pelo seu comité na localidade de Costas da Armória, na Bretanha.

Mais de 200 colchões, 72 camas hospitalares, cerca de uma vintena de cadeiras de rodas e outros meios e equipamentos de uso médico constituem o carregamento solidário, com um valor estimado de 25 mil euros. Os contentores de França chegaram na semana passada a um porto situado na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, com destino à Direcção Provincial de Saúde de Havana.

O comité da CubaCoop em Costas da Armória despachou nos últimos anos vários carregamentos marítimos para apoiar o sistema sanitário nas províncias de Cuba, entre elas a de Cienfuegos.

CubaCoop continuará, em 2022, a execução de projectos de cooperação descentralizada com Cuba, de acordo com as necessidades do desenvolvimento sócio-económico da ilha.

A organização, criada em 1995, materializou nos últimos 25 anos dezenas de iniciativas em sectores como o abastecimento de água, o saneamento básico, as energias renováveis, a cultura, o desporto, a saúde e a segurança alimentar, tudo áreas afectadas pelo bloqueio imposto por Washington.