Inquietação no CNC de Coimbra

O Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), criado em 1990 como instituição privada sem fins lucrativos (IPSFL), vai passar para a órbita pública, no universo da Universidade de Coimbra, mas este processo não deve ser feito em prejuízo dos quadros técnicos e dos investigadores contratados.

O alerta, dado pelo Sindicato dos Professores da Região Centro, em meados de Dezembro, foi anteontem reiterado por Nuno Peixinho. Este astrofísico, dirigente do SPRC e da Fenprof, adiantou ao Avante! que continuam a ser desenvolvidos contactos para apurar, momento a momento, os desenvolvimentos desta passagem e a resposta sindical.

«Tal como acontece com a generalidade dos sectores de actividade, a mudança de entidade empregadora não pode prejudicar os trabalhadores», quer perdendo o emprego, quer perdendo direitos, sublinhou o SPRC, numa nota de 16 de Dezembro, após uma reunião com a direcção do CNC.

Há mais de três décadas a desenvolver investigação biomédica e ensino pós-graduado multidisciplinar, o CNC reveste-se de grande importância para a Universidade de Coimbra, mas foi constituído como IPSFL, regendo a sua actividade segundo o direito privado. Ao recordar este percurso, o sindicato realçou que, tal como a Fenprof, tem contestado tais opções, com argumentos cuja razão fica comprovada na situação que o CNC atravessa hoje.

A integração na Universidade terá sido ditada «por diversas razões, entre as quais avultarão dificuldades financeiras», mas a solução é vista pelo SPRC como «expediente para fazer face aos problemas» do CNC.

 



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