Orçamento para Loures é «pouco credível e perigoso»
A CDU considera que o orçamento da Câmara Municipal de Loures para o quadriénio 2022/2026, da responsabilidade de PS e PSD, é «irreal e de ficção», mas também «pouco credível e perigoso», uma vez que «adia importantes e urgentes investimentos».
«Este orçamento apresenta-se como um documento pouco ponderado e que bate certo com as promessas eleitorais do PS, não dando as respostas necessárias a problemas estruturais, imediatos e futuros», considera a CDU, referindo que no capítulo da receita «existe um empolamento deliberado em várias rubricas, com destaque para a cobrança de rendas de habitação» (que crescem quase 15 milhões de euros por comparação com o ano passado) e «nos montantes a cobrar às famílias nas refeições escolares» (cerca de três milhões e 500 mil euros). «A previsão de receita é pois completamente irrealista, o que conduzirá inevitavelmente à impossibilidade de serem concretizados investimentos, obras e outras realizações e impedirá o necessário reforço de recursos, humanos e materiais, de que a Câmara Municipal carece para melhorar a qualidade de vida da população», adverte a Coligação.
Os eleitos do PCP e do PEV alertam ainda para o facto de existirem no orçamento municipal verbas «a definir», ou seja, que ainda não estão garantidas, no montante de cerca de 45 milhões de euros. Esta situação é agravada pelo facto de o documento não apresentar qualquer perspectiva sobre como irão ser garantidos esses montantes, o que «põe irremediavelmente em dúvida a credibilidade do orçamento municipal para 2022».
Na reunião, o actual executivo deu ainda a conhecer a intenção de contrair um empréstimo, que não consta do orçamento apresentado, sem que sejam conhecidos os valores, os encargos e os investimentos associados.