Criar condições para quem vive e trabalha no Algarve
No Teatro Municipal de Portimão foram apresentadas, dia 21 de Dezembro, as principais linhas do Compromisso Eleitoral da CDU para o Algarve. Melhores salários e diversificação da actividade económica são algumas das propostas.
«O futuro do Algarve constrói-se com melhores salários»
Numa primeira intervenção, João Dias, deputado do PCP na Assembleia da República, valorizou a «intensa intervenção política» desenvolvida nos últimos dois anos pelas forças que compõem a CDU, que abrangeu, entre outros exemplos, a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da Escola Pública; a luta contra as portagens na Via do Infante e na exigência da requalificação da Estrada Nacional 125; a defesa do direito a produzir e viver na Ria Formosa; a exigência de respostas aos impactos da epidemia; a promoção do aparelho produtivo regional ou na activa solidariedade com a luta dos trabalhadores.
Coube a Catarina Marques, primeira candidata pelo círculo eleitoral de Faro, apontar as prioridades da CDU para o Algarve. «O futuro do Algarve constrói-se com melhores salários, serviços públicos, diversificação da actividade económica, direito à habitação e ao transporte, protecção do meio ambiente. O Algarve não pode ser só um bom local para turistas. O Algarve precisa de ter condições para quem cá vive e trabalha», reforçou na sessão.
Entre outras propostas, destaque para a urgência de investir nos cuidados de saúde primários e na construção do novo Hospital Central do Algarve, bem como de novas instalações para o Hospital de Lagos; aumentar a oferta pública de habitação; fixar a progressiva gratuitidade dos transportes públicos (até aos 18 anos já em 2022); diversificar os mercados turísticos e combater a sazonalidade.
Contacto com trabalhadores
No dia 29, vários candidatos e activistas da CDU participaram numa acção de contacto com os trabalhadores da empresa municipal FAGAR. Catarina Marques dirigiu-se aos trabalhadores, dando a conhecer as propostas e iniciativas da CDU na defesa dos seus direitos e aspirações.
Desempenhando funções fundamentais para garantir a higiene urbana do concelho de Faro, estes trabalhadores aspiram a um aumento dos seus salários – a grande parte recebe o Salário Mínimo Nacional. Reclamam ainda a redução do seu horário de trabalho para as 35 horas, tal como já existe para os trabalhadores da Câmara de Faro, e o pagamento por inteiro, tendo em conta a dureza das tarefas que desempenham, do chamado suplemento de insalubridade, penosidade e risco. Reivindicações para as quais a CDU tem vindo a alertar e que constituem simultaneamente um compromisso de luta e de intervenção futura.