China e Cuba aprofundam cooperação

Pequim e Havana puseram em marcha um plano de cooperação para aprofundar as suas relações bilaterais. A China é já o segundo parceiro comercial de Cuba, quanto à origem das importações cubanas, e o principal destino das exportações da ilha.

A China consolida-se como um dos principais parceiros comerciais de Cuba

A China e Cuba implementarão um plano de cooperação para promover o projecto económico chinês A Faixa e a Rota da Seda, que visa construir uma mega plataforma internacional de trocas com benefícios partilhados. Segundo a embaixada de Havana em Pequim, o programa entrou em vigor após a assinatura do documento, na capital chinesa, no dia 24 de Dezembro, pelo vice-primeiro-ministro cubano, Ricardo Cabrisas, e pelo presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma chinês, He Lifeng.

A representação diplomática cubana indicou que o plano constitui um dos principais marcos históricos nas relações económicas da ilha em 2021 e permitirá implementar de forma efectiva o memorando de entendimento rubricado pelo presidente Miguel Díaz-Canel, em Novembro de 2018, que oficializou a inserção de Cuba na iniciativa chinesa.

O documento recolhe, entre outros aspectos, os objectivos, princípios e mecanismos de implementação, assim como as principais áreas de cooperação, entre as quais se destacam a coordenação de políticas, conexão de infra-estruturas, livre comércio, integração financeira e os vínculos cidade a cidade.

A embaixada cubana acrescentou que os dois governos acordaram também uma primeira lista de projectos e acções sobre o desenvolvimento de sectores como energias renováveis, livre comércio e infra-estruturas, turismo, finanças, tele-comunicações, ciência e tecnologia, alimentos e bio-medicina.

Os dois países comprometeram-se a juntar esforços em benefício dos seus povos e em sintonia com os objectivos do Plano de Desenvolvimento Económico e Social até 2030.

Recentemente, o embaixador de Havana na China, Carlos Miguel Pereira, revelou em entrevista à Prensa Latina que praticamente não existe um sector das relações sino-cubanas que não conheça uma dinâmica de crescimento fluido e suportado num alto nível de comunicação.

A China consolida-se como parceiro comercial de Cuba, segundo na origem das importações e o principal destino das exportações cubanas de produtos como rum, tabaco, açúcar e café, indicou o diplomata.

Benefícios mútuos

A China prevê que a sua cooperação de benefícios mútuos com Cuba será mais ampla e fortalecerá a amizade entre os dois países e povos, após a assinatura de um plano para promover o projecto económico A Faixa e a Rota da Seda.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, falando na segunda-feira, 27, em Pequim, comentou que o arranque do plano dará maior ímpeto aos esforços de ambas as partes para implementar os consensos alcançados pelos chefes de Estado dos dois países. O texto, explicou, identifica com clareza múltiplos projectos de cooperação que alinham os planos de desenvolvimento de Cuba com as áreas chaves e os conteúdos da iniciativa chinesa.

Zhao afirmou que A Faixa e A Rota da Seda, nos seus oito anos de existência, beneficiou com resultados tangíveis os 145 países e 32 organizações que a integram. Além disso, reiterou a disposição de Pequim para trabalhar com os seus parceiros no quadro dos princípios de consultas alargadas e de benefícios partilhados, da cooperação transparente, verde e aberta, além de associar A Faixa e a Rota às agendas nacionais de desenvolvimento.




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