Como salientou na sexta-feira Jerónimo de Sousa, primeiro candidato ao círculo eleitoral de Lisboa e Secretário-geral do PCP, as listas da CDU, compostas por 332 candidatos, homens, mulheres e jovens, do PCP, do PEV, da ID e por dezenas de independentes, «são o reflexo da marca que caracteriza esta força política, de ligação à vida, aos problemas, anseios e aspirações dos trabalhadores e das populações».

No total, as listas da CDU têm uma composição de 50,63 por cento de mulheres, «confirmando um percurso de valorização da participação das mulheres na vida política, com reflexos na presença nos respectivos grupos parlamentares, concretizando o preceito da igualdade na lei, no trabalho e na vida, que dispensa quotas e imposições», reforçou o dirigente comunista.

Aliando experiência de intervenção política, institucional e parlamentar a elementos de rejuvenescimento e renovação, 30 por cento dos candidatos da CDU têm idades até 40 anos, 31 por cento entre 40 e 50 anos, 23 por cento entre 50 e 60 anos e 15,5 por cento com mais de 60 anos. Jerónimo de Sousa valorizou também o facto de as listas terem «uma grande diversidade de profissões»: 38 por cento são operários e empregados, «confirmando a marca da ligação aos trabalhadores e da valorização do trabalho que a CDU ostenta nos seus valores e na sua prática política»; 55 por cento são quadros técnicos, intelectuais e de profissões liberais, sendo que as listas incluem ainda estudantes (3,7 por cento) e agricultores, pescadores e pequenos e médios empresários (cerca de dois por cento).

Confirma-se assim uma profunda ligação das forças que compõem a CDU aos movimentos e organizações sociais e, desde logo, ao movimento sindical unitário (31,4 por cento são membros de organizações representativas dos trabalhadores), ao movimento associativo popular (20 por cento são dirigentes associativos) e aos movimentos de utentes (cerca de dois por cento). 23 por cento dos candidatos são eleitos em órgãos autárquicos.

«Candidatos temperados na luta nas empresas e locais de trabalho, nas localidades, nos serviços públicos, que dão garantias de a prosseguir agora no plano da Assembleia da República», valorizou o Secretário-geral do PCP.

Confiança redobrada

Na entrega das listas pelo círculo eleitoral de Lisboa, Jerónimo de Sousa assegurou que a CDU está em «condições» de enfrentar as próximas eleições legislativas com «confiança redobrada», de quem «tem não apenas um património de intervenção, na legislatura que agora termina e nas legislaturas anteriores, em favor dos trabalhadores, do povo e do País, na procura e apresentação das propostas que contém as respostas e as soluções para assegurar melhorias na vida de cada um», mas a «política alternativa patriótica e de esquerda capaz de enfrentar e levar de vencida os problemas nacionais, bem como um conjunto de candidatos em condições de a defender e de assumir as responsabilidades que lhe correspondam e que o povo português entenda atribuir-lhe».

O reforço eleitoral da CDU é, por isso, «condição essencial para a ruptura com décadas de política de direita, para as respostas aos salários, aos direitos, às pensões, aos SNS, à educação, à cultura, à habitação, aos transportes, ao meio ambiente, e para a afirmação da alternativa necessária ao País», concluiu Jerónimo de Sousa.