Recado claro aos patrões dos autocarros
Se, ao fim da terceira greve, os patrões do transporte privado rodoviário de passageiros não retirarem as devidas ilações, terão nova greve no dia 2 de Dezembro – avisou a Fectrans/CGTP-IN, na tarde desta segunda-feira, dia 22.
Em luta pelo aumento do salário-base, que corre o risco de ficar absorvido em Janeiro pelo valor anunciado para o salário mínimo nacional, os trabalhadores levaram a cabo mais um dia de greve nacional, abrangendo as empresas associadas da Antrop, o Grupo Transdev, outras empresas onde se aplica o contrato colectivo de trabalho e algumas com processos reivindicativos autónomos.
A greve teve níveis de adesão que a federação considerou elevados e demonstrativos de que os trabalhadores «estão fortemente mobilizados em defesa das suas reivindicações».
A par da actualização salarial, é exigida a redução, para o máximo de duas horas, do «intervalo de descanso» entre períodos laborais.
Pelos mesmos objectivos, tiveram lugar greves semelhantes nos dias 20 de Setembro e 1 de Outubro, numa luta que une os sindicatos da Fectrans (STRUP e STRUN), o SITRA e o Sindicato Nacional dos Motoristas.
«O patronato faz propostas convergentes de 33 cêntimos por dia (dez euros por mês), e espera que os trabalhadores fiquem contentes?» – questionava a Fectrans, dias antes da greve, acusando a Antrop e a Transdev de terem medo de negociar.