Solidariedade com a Palestina dia 29 em Lisboa e no Porto
Na próxima segunda-feira, 29, em que se assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, há concentrações marcadas para Lisboa e para o Porto, pelo fim da ocupação e dos crimes de Israel.
O Governo português tem de reconhecer o Estado da Palestina
Inicialmente convocadas pelo CPPC, CGTP-IN e MPPM, as acções estão marcadas para as 17h00 na Praceta da Palestina, no Porto, e para as 18h00 no Largo Camões, em Lisboa. A adesão de mais organizações à convocatória permanece aberta.
No texto de mobilização para as duas acções lembra-se que o Estado da Palestina foi prometido há 74 anos pelas Nações Unidas e que tal promessa «nunca foi cumprida». Em resultado disso, o povo da Palestina vive há décadas sob «brutal ocupação israelita. É tempo de fazer justiça», reclamam os organizadores das iniciativas.
Entre as violações do direito internacional e das resoluções da ONU cometidas diariamente pelo Estado de Israel, destacam-se a «ilegal ocupação e a limpeza étnica que desde sempre a acompanha»; os bombardeamentos e o cerco de Gaza; os ilegais colonatos; as expulsões de populações palestinianas das suas casas; a protecção e cumplicidade do exército israelita com a acção dos bandos armados de colonos; o ilegal Muro do Apartheid; os milhares de presos (incluindo crianças), muitos deles sem acusação, e as torturas de que são alvo; as humilhações e brutalidade diárias nos postos de controlo militar; a violação sistemática dos direitos dos trabalhadores palestinianos; a segregação e discriminações inscritas na lei do Estado de Israel.
As organizações promotoras denunciam a «total impunidade» com que Israel desrespeita dezenas de resoluções da ONU favoráveis ao povo palestiniano e reclama do Governo português e de todos os governos o cumprimento do que «proclamam e prometem», o reconhecimento do Estado da Palestina e a condenação inequívoca dos crimes de Israel.
Assembleia da Paz
O CPPC realiza no próximo sábado, às 10h00, na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, em Lisboa, a sua Assembleia da Paz. Serão debatidos e aprovados vários documentos, entre os quais o Plano de Acção para os próximos dois anos, e serão eleitos os órgãos sociais.
A partir das 14h30, no mesmo local, tem lugar uma conferência sobre Situação Internacional e o Reforço do Movimento da Paz, a que se seguirá uma homenagem a Francisco Vilhena, que nas últimas duas décadas presidiu à Comissão Fiscalizadora do CPPC.