«Os Verdes» exigem condições na travessia fluvial do Tejo

O Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) questionou o Governo sobre a constante sobrelotação dos barcos, nomeadamente nas horas de maior afluência, nas travessias fluviais do Tejo.

Constante sobrelotação de barcos

Segundo uma pergunta dirigida ao Ministério do Ambiente e Acção Climática, é «cada vez mais frequente a supressão de horários, seja por avaria de navios ou por falta de pessoal para a sua operação.

«Atravessar o Tejo de barco para o trabalho está a tornar-se insustentável. Com a retoma do trabalho presencial, aumento do turismo e consequente aumento da afluência de pessoas às travessias fluviais do Tejo, sente-se uma constante sobrelotação de barcos, nomeadamente nas horas de maior afluência», adverte o PEV, dando ainda conta da «deficiente higienização dos navios e dos espaços nas estações que é sempre fundamental, ainda mais nestes tempos de graves riscos de saúde pública».

Para os ecologista «torna-se urgente melhorar este serviço já há muito reclamado», sendo «fundamental contrariar e reduzir a crescente circulação de viaturas individuais na Área Metropolitana de Lisboa, facto que aumentou fortemente com o desconfinamento».

«A continuada degradação das embarcações, quer da Transtejo quer da Soflusa, a incapacidade de manutenção das mesmas e o cada vez menor número de embarcações disponível para o serviço de transporte regular de passageiros entre as duas margens do estuário do Tejo, associado à grande carência de operacionais em ambas as empresas, quer de pilotos de navio quer das tripulações e operadores de cais e outros serviços, são outras das razões para a supressão de carreiras e a incapacidade de assegurar serviços», afirma o PEV.

 

Agravam-se os problemas

Para o PEV, o Governo «pouco ou nada investiu para que a grande conquista que é o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) assuma impacto mais positivo, ou seja, numa oferta substancial de meios de transporte colectivo de passageiros».

«A necessidade do fortalecimento da oferta de meios de transporte de passageiros, barcos, comboios, autocarros, foi anunciada como prioridade de intervenção (do Governo), mas nada mudou nestes seis anos, antes pelo contrário, o envelhecimento das frotas e a carência de trabalhadores agravou-se, vincadamente, afectando milhares de cidadãos, se não mesmo milhões», criticam os ecologistas.

Entretanto, acrescentam os ecologistas, todas estas situações «têm ocorrido para que os insuficientes trabalhadores do sector dos transportes não consigam cumprir de forma segura e eficiente, já para não falar da garantia dos seus direitos, as tarefas e assegurar um serviço eficiente de transporte, empurrando-os sistematicamente para o protesto e reivindicação», nomeadamente pela revisão anual dos seus salários, conforme está determinado nos respectivos acordos de empresa, pelo aumento de número de trabalhadores e pela garantia das condições de segurança no trabalho.



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