A motivar a jornada de luta, de acordo com um comunicado sindical subscrito por todos os sindicatos, entre os quais o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, publicado na página da Fectrans/CGTP-IN, está a exigência de valorização do trabalho e a defesa do serviço postal.

Os trabalhadores e as suas organizações representativas acusam a actual administração da empresa de comprimir direitos e remunerações e de não proceder ao preenchimento dos postos de trabalho a um nível que corresponda às exigências e, com isso, degradar o serviço postal.

Alteração do modelo organizacional da empresa, o fim do assédio e perseguição de funcionários e a retoma de um serviço público assegurado pelo Estado, são outras reivindicações presentes na jornada, que terá expressão de rua com uma manifestação nacional em Lisboa, com início previsto para as 14h30 de sexta-feira, 19.

Recorde-se que a privatização dos CTT foi iniciada em 2013, com a alienação de 68,5 por cento do capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na bolsa de valores de Lisboa. Em 2014, foi concluída a entrega da empresa a privados, com a alienação dos restantes 31,5 por cento da participação que o Estado ainda detinha nos CTT, num processo designado por venda rápida dirigido aos chamados investidores institucionais.