Rússia vai suspender actividades da missão permanente junto da NATO

A re­pre­sen­tação da Rússia junto da Or­ga­ni­zação do Tra­tado do Atlân­tico Norte (NATO, na sigla in­glesa) vai cessar a sua ac­ti­vi­dade no pró­ximo dia 1 de No­vembro, anun­ciou na se­gunda-feira, 18, o mi­nistro dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros da Rússia, Ser­guéi La­vrov.

Na mesma data vão também en­cerrar as ac­ti­vi­dades do ga­bi­nete de in­for­mação da ali­ança atlân­tica em Mos­covo. Para co­mu­nicar com a Rússia, a NATO de­verá passar do­ra­vante a con­tactar com a em­bai­xada russa em Bru­xelas, no­ti­ciou a agência Sputnik.

A me­dida foi to­mada em res­posta à re­ti­rada da acre­di­tação de oito fun­ci­o­ná­rios da re­pre­sen­tação per­ma­nente russa junto da ali­ança, acu­sados há duas se­manas de es­pi­o­nagem, por­me­no­rizou La­vrov. «Não foi for­ne­cida ne­nhuma ex­pli­cação sobre a de­sa­cre­di­tação dos di­plo­matas russos junto da ali­ança», ex­plicou o mi­nistro russo. Acres­centou que Mos­covo já não terá ne­ces­si­dade de agir como se fosse pos­sível uma mu­dança nas suas re­la­ções com a NATO. Para La­vrov, «a NATO não está in­te­res­sada em qual­quer diá­logo ou tra­balho con­junto» com a Rússia.

An­te­ri­or­mente, o chefe do Co­mité de Re­la­ções In­ter­na­ci­o­nais da Duma es­tatal [câ­mara baixa do par­la­mento russo], Le­onid Slutski, qua­li­ficou de «in­fun­dadas» as acu­sa­ções de es­pi­o­nagem e afirmou que, com a ex­pulsão dos di­plo­matas, «o Oci­dente con­tinua a sua ca­mi­nhada de con­fron­tação di­plo­má­tica com a Rússia». O par­la­mentar con­si­derou que «a re­ti­rada da acre­di­tação de oito mem­bros do pes­soal da missão per­ma­nente da Rússia junto da NATO re­du­zirá ainda mais o nível de com­pro­misso» entre as duas partes.




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