Na sexta-feira, 27 de Agosto, último de quatro dias de greve, os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, organizados no STRUN, reuniram-se de madrugada junto das instalações da empresa e, a partir das 15 horas, concentraram-se em frente da Câmara Municipal do Porto, a maior accionista da STCP.

Perante a falta de resposta da administração à exigência de melhores aumentos salariais, principal motivo da greve realizada, com níveis de adesão acima de 80 por cento, também nos dias 13, 20 e 26, os trabalhadores e o sindicato da Fectrans/CGTP-IN decidiram voltar à luta, caso não se altere a posição patronal. Para 20 e 21 de Setembro estão convocadas novas greves, dependendo da administração a sua concretização.

Como salientou Isabel Camarinha, Secretária-geral da CGTP-IN, que esteve na concentração na Praça Humberto Delgado, não se pode aceitar que «trabalhadores altamente qualificados, com uma profissão difícil e de desgaste muito grande», estejam a auferir salários de valor muito próximo do mínimo nacional.

A administração avançou com aumentos de 15 euros. Um dirigente sindical adiantou à agência Lusa que, para um acordo, este valor terá de duplicar.