O oc­to­gé­simo ani­ver­sário do ca­ma­rada José Araújo foi as­si­na­lado na quinta-feira, 26, com um lanche-con­vívio na So­eiro Pe­reira Gomes. Pre­sentes, para além do Se­cre­tário-geral do PCP e de ou­tros mem­bros dos or­ga­nismos exe­cu­tivos do Co­mité Cen­tral, es­ti­veram muitos ca­ma­radas que com ele tra­ba­lharam no Avante! e na Co­missão de Es­pec­tá­culos da Festa do Avante!, bem como amigos e fa­mi­li­ares.

José Araújo foi res­pon­sável grá­fico pelo Avante! desde o pri­meiro nú­mero legal, a 17 de Maio de 1974, até 2006, função que acu­mulou com uma in­tensa co­la­bo­ração com a Co­missão de Es­pec­tá­culos da Festa do Avante!, com «O Mi­li­tante» e a Edi­to­rial Avante!, no ar­ranjo grá­fico de vá­rias edi­ções e obras, in­cluindo a «Fo­to­bi­o­grafia de Álvaro Cu­nhal» e o livro «100 anos de luta – ao ser­viço do povo e da pá­tria, pela de­mo­cracia e o so­ci­a­lismo», co­me­mo­ra­tivo do Cen­te­nário do PCP, bem como com o mo­vi­mento sin­dical uni­tário, de­mo­crá­tico e de classe, como des­tacou Ma­nuel Ro­dri­gues, membro da Co­missão Po­lí­tica e di­rector do Avante!.

For­mado na es­cola ar­tís­tica An­tónio Ar­roio, José Araújo tra­ba­lhou como ce­nó­grafo no Parque Mayer e em vá­rios jor­nais e re­vistas como grá­fico e car­to­nista, antes do 25 de Abril. Ar­tista plás­tico com uma vasta obra, fundou, no pe­ríodo da di­ta­dora fas­cista, com Luís Fi­lipe da Con­ceição, o Centro Grá­fico Maria Ma­chado, do qual saíram inú­meros car­tazes e pu­bli­ca­ções clan­des­tinas e semi-le­gais, in­cluindo para a CDE.

Co­la­borou ainda com a Co­missão de Lisboa Ca­pital Eu­ro­peia da Cul­tura e expôs por di­versas vezes na Festa do Avante!, lem­brou também Ma­nuel Ro­dri­gues, antes de passar a pa­lavra a José Araújo, que agra­deceu a co­me­mo­ração e aos ca­ma­radas pre­sentes, con­si­derou o Par­tido a sua casa e res­pondeu afir­ma­ti­va­mente ao de­safio, lan­çado por Ma­nuel Ro­dri­gues, de pros­se­guir, com o em­penho, o rigor e o humor de sempre, o seu tra­balho mi­li­tante, cujo cunho de rigor e ex­ce­lência con­ti­nuam a ser in­dis­pen­sá­veis.