Jornada da CGTP-IN culmina com concentração em Lisboa

A concentração de hoje, às 10h00, em Lisboa, é o ponto culminante da Jornada de Acção e Luta promovida pela CGTP-IN desde 21 de Junho, no âmbito da qual se realizaram centenas de greves, concentrações e plenários.

Foram muitas as lutas travadas no âmbito da jornada

«Pelo aumento geral dos salários! Pelo emprego com direitos! Pela revogação das normas gravosas da legislação laboral!»: mais do que o lema desta jornada, estas constituíram bandeiras de luta para as múltiplas acções realizadas nas últimas semanas pelos trabalhadores dos mais variados sectores e empresas. A concentração de hoje, sendo o acto culminante e mais visível da jornada, não é o último: ao longo do dia, em vários pontos do País, terão lugar paralisações e plenários.

A Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, intervirá hoje junto da Assembleia da República, para onde se dirigem os trabalhadores concentrados no Largo Camões. Antes, passará pelo Barreiro para saudar os membros dos piquetes de greve e restantes trabalhadores da Soflusa. Ontem esteve no Aeroporto de Faro, no plenário da Portway e da ANA.

Na terça-feira, Isabel Camarinha juntou-se aos trabalhadores da RTP, que protestavam junto à sede da empresa, em Lisboa, exigindo aumentos salariais, progressão nas carreiras e o fim dos contratos ilegais de recibos verdes, e participou na concentração dos vigilantes da Ovisegur, junto ao Ministério das Finanças. Em causa está a exigência para que sejam salvaguardados direitos como a antiguidade e a efectividade no processo de mudança de empresa, da Securitas para a Ovisegur.

A Secretária-geral interveio ainda, na segunda-feira, numa tribuna pública realizada em Coimbra, junto ao edifício da Câmara Municipal, promovida pelo STAL e pela Fiequimetal. Denunciados foram baixos salários e os diversos incumprimentos aos direitos dos trabalhadores por parte do grupo EGF/Mota Engil.

 

Por salários e direitos

No dia 13, realizou-se em Lisboa uma concentração de trabalhadores bancários contra a redução de postos de trabalho, que os sindicatos do sector garantem estar a ser implementada de forma «massiva e sem precedentes». Num comunicado conjunto de várias estruturas sindicais do sector, denuncia-se os «processos de reestruturação», a coberto dos quais os trabalhadores são confrontados com processos de rescisão, reformas antecipadas ou, de modo cada vez mais frequente, despedimentos colectivos.

Os sindicatos garantem que com esta «massiva eliminação de postos de trabalho» serão desmanteladas algumas actividades em Portugal, bem como a «capacidade instalada de apoio às populações e empresas».

Nesse mesmo dia, em Coimbra, o Sindicato da Hotelaria, Turismo e Restauração do Centro promoveu uma acção reclamando medidas de apoio aos trabalhadores do sector, cujos problemas se agravaram consideravelmente no último ano, devido à situação epidémica e à resposta desajustada e insuficiente do Governo. Também no dia 13, mas em Albufeira, os trabalhadores do Hotel PortoBay estiveram em greve pelo aumento dos salários, pelo fim das discriminações e da precariedade. Na Guarda, dezenas de enfermeiros concentraram-se junto ao hospital exigindo a entrada nos quadros de quem foi contratado para reforçar a luta contra a COVID-19.




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