Inspectores contestam extinção do SEF
No dia 9, quando a Assembleia da República aprovava, com os votos contra do PCP, a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a passagem das suas competências para a PSP, a GNR e a Polícia Judiciária, cerca de duas centenas de funcionários manifestaram-se contra essa solução, considerando-a «em sentido contrário» ao que seria necessário.
Nas faixas afixadas nas grades colocadas na base da escadaria resumia-se os motivos do protesto: «O SEF é indispensável à segurança interna», «Não à criminalização da imigração», «Não à extinção, não à fusão, não à integração». Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato da Carreira de investigação e Fiscalização do SEF, Acácio Pereira, relaciona o sistema até hoje existente em Portugal com o facto de o País ser considerado um dos mais seguros do mundo. A extinção do SEF, considera o dirigente sindical, é um «erro» que o País pode «vir a pagar caro».
Além disso, acrescenta, a solução apontada vai no sentido oposto ao que se está a fazer a nível internacional: «Os outros países copiaram, ou estão a copiar, o modelo português, que deu bons resultados, e onde o SEF serve como modelo. E nós estamos a ir precisamente em sentido contrário. Tivemos a visão, há 45 anos, de criar um serviço que garantisse o princípio da unidade da imigração, das fronteiras e do asilo», assinala Acácio Pereira. Relativamente aos episódios que tanto deram que falar, e justamente, o dirigente sindical garante que «a árvore não faz a floresta».
Para além da concentração, os inspectores do SEF estiveram em greve, com uma adesão de 100 por cento nos aeroportos e elevadas taxas noutros locais, garante o sindicato.
O Grupo Parlamentar do PCP saudou a concentração.