Inspectores contestam extinção do SEF

No dia 9, quando a Assembleia da República aprovava, com os votos contra do PCP, a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a passagem das suas competências para a PSP, a GNR e a Polícia Judiciária, cerca de duas centenas de funcionários manifestaram-se contra essa solução, considerando-a «em sentido contrário» ao que seria necessário.

Nas faixas afixadas nas grades colocadas na base da escadaria resumia-se os motivos do protesto: «O SEF é indispensável à segurança interna», «Não à criminalização da imigração», «Não à extinção, não à fusão, não à integração». Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato da Carreira de investigação e Fiscalização do SEF, Acácio Pereira, relaciona o sistema até hoje existente em Portugal com o facto de o País ser considerado um dos mais seguros do mundo. A extinção do SEF, considera o dirigente sindical, é um «erro» que o País pode «vir a pagar caro».

Além disso, acrescenta, a solução apontada vai no sentido oposto ao que se está a fazer a nível internacional: «Os outros países copiaram, ou estão a copiar, o modelo português, que deu bons resultados, e onde o SEF serve como modelo. E nós estamos a ir precisamente em sentido contrário. Tivemos a visão, há 45 anos, de criar um serviço que garantisse o princípio da unidade da imigração, das fronteiras e do asilo», assinala Acácio Pereira. Relativamente aos episódios que tanto deram que falar, e justamente, o dirigente sindical garante que «a árvore não faz a floresta».

Para além da concentração, os inspectores do SEF estiveram em greve, com uma adesão de 100 por cento nos aeroportos e elevadas taxas noutros locais, garante o sindicato.

O Grupo Parlamentar do PCP saudou a concentração.




Mais artigos de: Trabalhadores

Jornada da CGTP-IN culmina com concentração em Lisboa

A concentração de hoje, às 10h00, em Lisboa, é o ponto culminante da Jornada de Acção e Luta promovida pela CGTP-IN desde 21 de Junho, no âmbito da qual se realizaram centenas de greves, concentrações e plenários.

Greves avançam na Groundforce, CP e IP

No mês de Agosto, os trabalhadores da CP e da IP farão greve ao trabalho extraordinário, em dia feriado ou de descanso semanal, e noutras situações. Na Groundforce, estão marcadas várias paralisações, uma das quais hoje.

MURPI quer ver retomada a vida associativa

O MURPI promoveu no dia 11 de Julho, em Alpiarça, um encontro-convívio de reformados do Ribatejo, no qual participaram dezenas de pessoas, entre representantes de diversas associações, membros da federação distrital, o dirigente nacional Manuel Passos e ainda o presidente da Câmara Municipal, Mário Pereira. Esta...

Novos protagonistas, velhas práticas

O CESP acusa o grupo espanhol Mercadona de atacar os direitos dos trabalhadores à semelhança do que fazem outras empresas do sector do comércio a retalho, por mais que recorra a «artifícios para dizer que é melhor do que qualquer outro patrão». O sindicato filiado na CGTP-IN que organiza os trabalhadores do comércio...