Greves avançam na Groundforce, CP e IP
No mês de Agosto, os trabalhadores da CP e da IP farão greve ao trabalho extraordinário, em dia feriado ou de descanso semanal, e noutras situações. Na Groundforce, estão marcadas várias paralisações, uma das quais hoje.
O futuro da Groundforce continua incerto
Os trabalhadores «precisam é de aumento do salário e não de mais horas e dias de trabalho». É deste modo que o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) justifica as paralisações marcadas para todo o mês de Agosto, abrangendo todos os trabalhadores da CP, da IP e empresas afiliadas. No pré-aviso comum a todas as empresas, estabelece-se que a greve se estenderá das 00h00 de 1 de Agosto às 24h00 do dia 31.
Os trabalhadores farão greve ao trabalho extraordinário, ao trabalho em dia feriado, ao trabalho em dia de descanso semanal, ao trabalho com falta de repouso nos termos previstos no Acordo de Empresa ou no Acordo Colectivo de Trabalho e ainda ao trabalho a partir da oitava hora de serviço. Para a CP, a greve abrange ainda outras situações específicas.
O SNTSF acusa Governo e administrações de não quererem discutir o aumento dos salários e de continuarem a recorrer de modo sistemático ao trabalho extraordinário para assegurar a sua actividade regular. Procurando, assim, iludir a desvalorização salarial à custa do aumento das horas e dos dias de trabalho. O sindicato afirma que continua aberto à negociação, rejeitando porém chantagens do Governo ou «apelos para os trabalhadores abandonarem a luta sem nada».
Direitos e futuro
Num comunicado de 10 de Julho, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA/CGTP-IN) informa que mantém as greves que tinha convocadas para a Groundforce/SPdH: para hoje, 15, está marcado um plenário com greve entre as 15h00 e as 18h00; e para os dias 30 e 31 de Julho e 1 de Agosto está convocada greve ao trabalho suplementar.
O SITAVA lembra os vários contactos mantidos com a SPDH e o Governo, «no sentido de tentarmos encontrar soluções para os vários incumprimentos da empresa com os trabalhadores, dos quais destacamos o subsídio de férias», entre outras questões. Considerando positiva a disponibilidade da tutela para «pagar tão cedo quanto possível o subsídio de férias», o sindicato assume a manutenção dos pré-avisos de greve nos dias finais de cada mês enquanto não estiver definida a situação de estabilidade da empresa.