Confiança na CDU é palavra-chave nas eleições que se aproximam

Je­ró­nimo de Sousa par­ti­cipou, ao longo do fim-de-se­mana, em três con­ví­vios re­a­li­zados em Aveiro, no con­celho de Ovar, em Viseu, no Parque do Fon­telo, e no Porto, no Parque da Pas­te­leira. Em des­taque es­teve a CDU e o seu pro­jecto ímpar para o poder local e para o País.

«Pre­ci­samos que cada um de vós se sinta como um can­di­dato da CDU»

A pri­meira pa­ragem do pé­riplo re­a­li­zado pelo Se­cre­tário-geral do PCP du­rante o fim-de-se­mana foi em Ovar, no sá­bado. «Uma vez mais, esta ini­ci­a­tiva serve também para mos­trar como, to­mando as me­didas ne­ces­sá­rias, é pos­sível re­tomar as ac­ti­vi­dades eco­nó­micas des­por­tivas, cul­tu­rais e de lazer», co­meçou por afirmar Je­ró­nimo de Sousa.

«Me­didas de se­gu­rança sa­ni­tária que estão à vista mas que, no plano na­ci­onal, sendo na­tu­ral­mente di­fe­rentes e mais exi­gentes, tardam em apa­recer na di­mensão que se im­punha e era ne­ces­sária», con­ti­nuou o di­ri­gente co­mu­nista re­fe­rindo-se à ace­le­ração do ritmo da va­ci­nação, que é uma «me­dida es­sen­cial no com­bate ao vírus e para a de­fesa da saúde das po­pu­la­ções».

Para o Se­cre­tário-geral do PCP, a va­ci­nação não é a única me­dida ne­ces­sária para o com­bate à epi­demia: «po­díamos per­guntar onde estão os tão ne­ces­sá­rios in­ves­ti­mentos no re­forço do SNS», in­clu­si­va­mente ins­critos no Or­ça­mento do Es­tado por ini­ci­a­tiva do PCP. «Mas também onde estão os in­ves­ti­mentos nos trans­portes pú­blicos, em mais au­to­carros e mais car­ru­a­gens para as­se­gurar a re­dução das hi­pó­teses de con­tágio», ques­ti­onou também Je­ró­nimo de Sousa.

Pro­jecto di­fe­ren­ci­ador

Ainda em Ovar, o di­ri­gente co­mu­nista lem­brou que na­quele dia também se es­tava ali a apre­sentar o re­sul­tado de um longo e amplo tra­balho de en­vol­vi­mento e aus­cul­tação, que se tra­duziu na apre­sen­tação de todos os can­di­datos a todos os con­ce­lhos do dis­trito de Aveiro. Can­di­datos que são «ho­mens e mu­lheres das mais di­versas ori­gens, com os per­cursos mais dis­tintos, de pro­fis­sões muito dís­pares, mas que en­con­tram nos va­lores do tra­balho, da ho­nes­ti­dade e da con­fi­ança, cor­po­ri­zados pela CDU, o es­teio mais se­guro para um fu­turo de con­fi­ança nas suas terras», com­pletou.

«A cada um destes can­di­datos, quero aqui deixar uma pa­lavra de es­tí­mulo, de in­cen­tivo e de con­fi­ança. Temos um grande tra­balho pela frente (…), mas vamos daqui com a cer­teza de que es­tamos bem re­pre­sen­tados», afirmou Je­ró­nimo de Sousa.

Vi­tória de Pirro

«Aqui, neste dis­trito, co­nhe­cemos bem o que tem sido fu­nesto para o te­cido pro­du­tivo, as po­lí­ticas de PS, PSD e CDS, seja no plano da agri­cul­tura e das pescas, mas também da in­dús­tria, de que a me­ta­lurgia ou o sector têxtil são do­lo­rosos exem­plos», afirmou o Se­cre­tário-geral, ainda em Aveiro. Por­tugal tem os ter­ri­tó­rios, tem o co­nhe­ci­mento, tem a ex­pe­ri­ência, tem as ca­pa­ci­dades hu­manas, mas «está cres­cen­te­mente de­pen­dente das op­ções to­madas por ou­tros» disse ainda, re­fe­rindo-se às con­sequência da PAC na re­gião.

Se­gundo o Se­cre­tário-geral do PCP, se há uma re­gião do País que co­nhece as con­sequên­cias da Po­lí­tica Agrí­cola Comum (PAC), Aveiro é cer­ta­mente uma delas. «O Go­verno, no final da Pre­si­dência Por­tu­guesa da União Eu­ro­peia, grita vi­tória pela Re­forma da PAC que diz ser a mais am­bi­ciosa de sempre», mas é «uma vi­tória de Pirro» porque os «apoios vão con­ti­nuar a ser di­ri­gidos para o grande agro-ne­gócio, re­ser­vando para a pe­quena e média agri­cul­tura as mi­ga­lhas do cos­tume».

Tal como dantes, de­zenas de pro­du­tores de leite do dis­trito de Aveiro, vão con­ti­nuar con­de­nados à in­sol­vência e ao en­cer­ra­mento.

De­sen­volver o in­te­rior

Já em Viseu, Je­ró­nimo de Sousa abordou as vá­rias marcas ne­ga­tivas dei­xadas pelos su­ces­sivos go­vernos de PS, PSD e CDS nas re­giões do in­te­rior do País. Marcas estas que se «apro­fundam por falta de me­didas es­tru­tu­rantes para o seu de­sen­vol­vi­mento», afirmou.

«São muitos os pro­gramas que su­ces­si­va­mente são anun­ci­ados, mas onde faltam efec­tivas po­lí­ticas que puxem pelas po­ten­ci­a­li­dades exis­tentes, que in­vertam o rumo de de­clínio destes ter­ri­tó­rios, no­me­a­da­mente o seu de­clínio de­mo­grá­fico», acres­centou ainda. São exem­plos disso os Planos Ope­ra­ci­o­nais re­gi­o­nais, que pos­suem graus de exe­cução in­fe­ri­ores a 50 por cento, ou o pro­grama Tra­ba­lhar no In­te­rior que apenas in­tro­duziu 200 novos em­pregos nestas re­giões do País.

A ba­lança agro-ali­mentar ne­ga­tiva é um dos prin­ci­pais fac­tores para o dé­fice pro­du­tivo por­tu­guês, o que «até pa­rece piada dito no co­ração de um dis­trito com imensas po­ten­ci­a­li­dades para a pro­dução agrí­cola e pe­cuária», disse Je­ró­nimo de Sousa re­fe­rindo-se a Viseu, que «produz frutas de grande qua­li­dade, carnes de ex­ce­lência e que po­deria pro­duzir ainda mais».

CDU quer um Porto me­lhor

Já no Con­vívio das Mu­lheres CDU, no Porto, no do­mingo, o di­ri­gente co­mu­nista afirmou que aquela ini­ci­a­tiva era uma grande res­posta àqueles que, sis­te­ma­ti­ca­mente, anun­ciam o fim do PCP e da CDU. «Aqui nota-se que os jo­vens, cada vez mais, to­marão pulso e também serão aqueles que no fu­turo ga­ran­tirão o su­cesso da CDU», disse, acres­cen­tando «que se de­si­ludam aqueles que anun­ciam a ex­tinção do PCP. Es­tamos aqui para durar».

«No ano pas­sado não re­a­li­zámos esta ini­ci­a­tiva e sentiu-se, de certa forma, uma ca­rência», afirmou também. No en­tanto, re­a­lizar um Con­vívio de Mu­lheres CDU nas ac­tuais con­di­ções sa­ni­tá­rias também de­mons­trou que se forem to­madas todas as me­didas de pro­tecção ne­ces­sá­rias, existem «con­di­ções para re­tomar a vida, o gosto de viver, sa­cudir o medo, ter ca­pa­ci­dade de in­ter­venção e par­ti­cipar na­quilo que é a vi­vência comum».

Já no final da sua in­ter­venção, que con­cluiu o en­contro, Je­ró­nimo de Sousa as­se­gurou que «vai valer a pena votar na CDU» e que «vai valer a pena ga­nhar mais um amigo para votar na CDU». «Te­nham essa con­fi­ança, na cer­teza que vai ser duro, mas com um sen­tido de com­bate, de con­fi­ança e de es­pe­rança, es­tamos todos res­pon­sa­bi­li­zados na cer­teza de que a po­pu­lação vai de­mons­trar, no­va­mente, a sua ex­pressão de con­fi­ança na CDU», con­cluiu.

Antes de Je­ró­nimo de Sousa, Ma­da­lena Castro, re­pre­sen­tante da Ju­ven­tude CDU, também di­rigiu al­gumas pa­la­vras aos pre­sentes. «Sa­bemos que a luta das mu­lheres não é de hoje, que tem uma longa e ne­ces­sária his­tória de avanços, mas também sa­bemos que na so­ci­e­dade por­tu­guesa ainda há um longo ca­minho que falta per­correr para que a igual­dade seja re­a­li­dade na lei e na vida», afirmou.

«A CDU é voz in­dis­pen­sável na de­fesa dos in­te­resses da ju­ven­tude e das mu­lheres, com tra­balho, ho­nes­ti­dade e con­fi­ança, cabe-nos cons­truir um fu­turo de con­fi­ança», disse por fim.

De­pois de serem apre­sen­tados os vá­rios can­di­datos da CDU às Juntas e As­sem­bleias de Fre­guesia da ci­dade do Porto, Ilda Fi­guei­redo, can­di­data à pre­si­dência da Câ­mara Mu­ni­cipal (CM) do Porto, também in­ter­veio.

«Estão aqui mu­lheres de di­versos bairros e ou­tras zonas da ci­dade com quem nos cru­zamos nas vá­rias vi­sitas, reu­niões e au­di­ções», afirmou, con­ti­nu­ando que são sempre elas quem, em pri­meiro lugar, «dão a cara na luta pela me­lhoria das con­di­ções das suas ha­bi­ta­ções, da ha­bi­tação das sua fa­mí­lias, pelos di­reitos dos seus fi­lhos e dos idosos».

«É outra a ci­dade que nós que­remos. Outra ci­dade com outra gestão. Uma ci­dade in­clu­siva, onde todos possam ter di­reito a viver com dig­ni­dade, com equi­pa­mentos, com acesso à cul­tura e ao des­porto. Uma ci­dade onde seja pos­sível ser feliz», fi­na­lizou a ve­re­a­dora da CDU.

 

Can­di­datos para fazer valer Aveiro

«Os jo­vens, de­vido a uma par­ti­cular pre­ca­ri­e­dade, estão e es­ti­veram mais su­jeitos a perder o em­prego, algo que é fun­da­mental para a sua eman­ci­pação, para po­derem cons­ti­tuir fa­mília», afirmou Ber­nardo Santos, da Ju­ven­tude CDU, em Ovar.

«Pre­ci­samos de mais jo­vens a par­ti­cipar no Poder Local, para que te­nhamos uma voz para efec­tivar estes di­reitos que estão por cum­prir» disse também o jovem.

Já Isabel Gomes, da Co­missão Na­ci­onal do PEV, afirmou que pensar de forma global e agir lo­cal­mente é a «forma de estar e de in­tervir dos eco­lo­gistas». «Os can­di­datos do PEV as­sumem o com­pro­misso de es­treitar a li­gação entre os eleitos e os elei­tores, como forma pri­vi­le­giada de con­tri­buir para o de­sen­vol­vi­mento equi­li­brado e sus­ten­tável do nosso ter­ri­tório», acres­centou.

No con­vívio re­gi­onal, em Ovar, foram apre­sen­tados os vá­rios can­di­datos às CM do dis­trito de Aveiro. São eles: Carlos Ramos (Ovar); Nilton Matos (Águeda); Ro­drigo Lou­renço (Al­ber­garia-a-Velha); Marco Alves (Anadia); Lara Pinho (Arouca); Mi­guel Vi­egas (Aveiro); Jus­tino Pe­reira (Es­pinho); An­tónio Vidal (Es­tar­reja); Vir­gílio Dias (Ílhavo); João Mar­ques (Me­a­lhada); Vítor Ja­nuário (Oli­veira de Aze­méis); Isabel Gomes (Santa Maria da Feira); Jorge Cortês (São João da Ma­deira); Ale­xandre Loff (Vagos).

Re­forçar in­ter­venção em Viseu

«Viseu é um dis­trito plural onde a CDU tem uma grande força e uma grande in­ter­venção», afirmou Fran­cisco Al­meida, can­di­dato à pre­si­dência da CM de Viseu no início do con­vívio re­gi­onal. «Temos 30 eleitos nos vá­rios ór­gãos deste dis­trito e uma junta de fre­guesia de mai­oria CDU», enu­merou ainda.

Para o can­di­dato, Viseu é um dis­trito de «gente tra­ba­lha­dora, em­pe­nhada, de gente que quer o me­lhor para o seu dis­trito, para quem nele vive e tra­balha neste», e é também por isso que a CDU se as­sume como uma ver­da­deira «al­ter­na­tiva à gestão» pra­ti­cada na­quela re­gião.

Já Isabel Couto, da Co­missão Na­ci­onal do PEV, afirmou que «foi po­si­tivo o que se avançou com a luta das po­pu­la­ções e das forças que a in­te­gram a CDU» mas que é pre­ciso «ir mais além na abo­lição in­te­gral das por­ta­gens, no re­forço e ma­nu­tenção dos ser­viços pú­blicos, na exi­gência do fim aos aten­tados am­bi­en­tais a que os rios e as ri­beiras do dis­trito têm sido ex­postos e de me­didas que travem a ex­pansão do eu­ca­lipto».

Também ali foram apre­sen­tados os ca­beças-de-lista às vá­rias CM do dis­trito: Fran­cisco Al­meida (Viseu); José Pessoa (La­mego); Mi­guel Mar­tins (Oli­veira de Frades); Au­gusto Praça (Moi­menta da Beira); Gon­çalo Santos (Ser­nan­celhe); Sandra Chaves (Sátão); An­tónio La­reiro (Ar­mamar); An­tónio Luís Cor­reia (Car­regal do Sal); Isabel Pires Souto (Castro de Aire); José Mou­tinho (São João da pes­queira); Ale­xandra Pessoa (São Pedro do Sul); Edu­ardo Bo­loto (Vou­zela).

 



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