«Várias empresas de diferentes sectores de actividade estão a considerar as faltas dadas pelos trabalhadores para a toma da vacina da COVID-19 como justificada, mas com perda de retribuição», denuncia a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, para quem este é mais um exemplo da «tentativa de aproveitamento da situação epidemiológica para atacar os trabalhadores e os seus direitos».

Com efeito, «os problemas estruturais do País estão a ser agravados pelos impactos da epidemia e o aproveitamento que dela tem feito o grande capital para acentuar a exploração», adverte ainda o PCP, que recorda que, «nos termos da Lei, não há qualquer justificação para a retirada de remuneração».

«Esta é uma postura inaceitável e imoral, um comportamento que prova que não há limites para aproveitar a crise provocada pela COVID-19 para agravar a exploração de quem trabalha», insiste a DORP, antes de exigir «uma forte e determinada acção do Governo» e alertar que «este comportamento pode constituir um motivo dissuasor da vacinação», garantindo, por isso, que «irá intervir junto do Governo para reclamar uma intervenção célere e eficaz, designadamente por via da DGERT e ACT».