Desenvolver o interior do País é prioridade para a CDU

Je­ró­nimo de Sousa par­ti­cipou, no dia 3, em duas ses­sões pú­blicas da CDU. A pri­meira no jardim José de Lemos, na Guarda, e a se­gunda na fre­guesia de Boi­dobra, na Co­vilhã.

«Em toda a parte, a CDU vale a pena»

«A CDU e os seus can­di­datos estão nesta ba­talha elei­toral com a con­fi­ança de quem provou ser capaz de se as­sumir na de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções, dos seus con­ce­lhos e das suas terras», co­meçou por afirmar Je­ró­nimo de Sousa na manhã de do­mingo, na Guarda.

A CDU é, pois, pelo seu tra­balho e per­curso, «uma grande força po­lí­tica na­ci­onal do Poder Local, in­dis­so­ci­a­vel­mente li­gada à cons­trução do Poder Local de­mo­crá­tico, à sua afir­mação como es­paço de re­so­lução dos pro­blemas e de in­ter­venção a favor do de­sen­vol­vi­mento e do bem-estar», afirmou também. «É assim na gestão das au­tar­quias que nos estão con­fi­adas», mas também «quando em mi­noria en­quanto voz in­dis­pen­sável na de­fesa dos di­reitos na de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções, pre­sença ne­ces­sária para dar corpo a causas e as­pi­ra­ções lo­cais, voz exi­gente e cons­tru­tiva para ga­rantir uma gestão trans­pa­rente e eficaz.»

Mais ne­nhuma força as­sume a de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico de Abril como a CDU, re­alçou ainda o Se­cre­tário-geral do PCP, ga­ran­tindo ser este «um poder que tem ainda por cum­prir no seu edi­fício cons­ti­tu­ci­onal a cri­ação das Re­giões Ad­mi­nis­tra­tivas su­ces­si­va­mente adiada pela mão de PS, PSD e CDS».

Epi­demia apro­funda de­si­gual­dades

Não é sur­presa que no úl­timo ano se viu crescer o nú­mero de mul­ti­mi­li­o­ná­rios em Por­tugal – mais de 19 mil – ao mesmo tempo que sur­giram mais 400 mil novos po­bres. «Mas não são apenas os tra­ba­lha­dores que são ví­timas da si­tu­ação, ou­tras ca­madas da po­pu­lação, as pe­quenas eco­no­mias lo­cais, en­frentam uma si­tu­ação di­fícil», acres­centou o di­ri­gente co­mu­nista. «Estão nesta si­tu­ação muitos micro e pe­quenos em­pre­sá­rios de vá­rios sec­tores e muitos pe­quenos e mé­dios agri­cul­tores», con­ti­nuou. Estes têm en­fren­tado grandes di­fi­cul­dades que se agravam com o au­mento dos preços dos fac­tores de pro­dução, como os com­bus­tí­veis e a energia.

O PCP também tem in­ter­venção sig­ni­fi­ca­tiva nesta área. No dia 2, os de­pu­tados co­mu­nistas apre­sen­taram, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, uma ini­ci­a­tiva le­gis­la­tiva para a cri­ação de um re­gime de mar­gens má­ximas nos com­bus­tí­veis e uma outra vi­sando travar o au­mento da ta­rifa re­gu­lada da elec­tri­ci­dade.

Re­solver pro­blemas, uti­lizar po­ten­ci­a­li­dades

Os go­vernos de PS, PSD e CDS dei­xaram «marcas muito ne­ga­tivas no ter­ri­tório na­ci­onal, bem vi­sí­veis em vastas re­giões do in­te­rior, como esta», ob­servou Je­ró­nimo de Sousa já em Boi­dobra, Co­vilhã, du­rante a tarde. «Marcas ne­ga­tivas que se apro­fundam, por falta de me­didas es­tru­tu­rantes para o seu de­sen­vol­vi­mento», es­cla­receu ainda.

Um dos prin­ci­pais pro­blemas é o de­clínio de­mo­grá­fico e o PCP, como afirmou o Se­cre­tário-geral, su­blinha re­pe­ti­da­mente que «sem ocu­pação do ter­ri­tório não há de­sen­vol­vi­mento». «Isso só é pos­sível com uma visão es­tra­té­gica que in­clua em­prego com di­reitos, a va­lo­ri­zação e ca­pa­ci­tação da pro­dução na­ci­onal, o acesso aos ser­viços pú­blicos de saúde, edu­cação, se­gu­rança so­cial e de jus­tiça», acres­centou.

Da pro­dução agro-pe­cuária, ao sector têxtil e de la­ni­fí­cios; da ca­pa­ci­dade ci­en­tí­fica com im­por­tantes pólos de En­sino Su­pe­rior à in­dús­tria ex­trac­tiva e de trans­for­mação; do enorme pa­tri­mónio am­bi­ental, cul­tural e his­tó­rico, o in­te­rior e as re­giões por onde Je­ró­nimo de Sousa passou, têm enormes po­ten­ci­a­li­dades.

«A re­gião tem os in­gre­di­entes, pre­cisa dos meios para que se passe das in­ten­ções à acção e in­ter­venção real que co­loque o in­te­resse efec­tivo do de­sen­vol­vi­mento destes ter­ri­tó­rios em marcha», su­bli­nhou Je­ró­nimo de Sousa.

De­fender as po­pu­la­ções

«A CDU é este en­contro de con­ver­gên­cias entre pro­jectos po­lí­ticos que têm a sua iden­ti­dade pró­pria, mas que fazem da sua ali­ança uma força de acção para al­cançar esses ob­jec­tivos tão ne­ces­sá­rios a uma so­ci­e­dade de­sen­vol­vida e fra­terna», afirmou Mi­guel Mar­tins, membro da Co­missão Exe­cu­tiva Na­ci­onal do PEV, que foi o pri­meiro a in­tervir na sessão di­na­mi­zada na Guarda.

«Esta co­li­gação é, re­co­nhe­ci­da­mente, uma força po­lí­tica em es­treita ar­ti­cu­lação com as po­pu­la­ções, com os mo­vi­mentos e com as or­ga­ni­za­ções na pro­cura de so­lu­ções para pro­blemas con­cretos e reais que afectam a qua­li­dade de vida das pes­soas e dos ecos­sis­temas», disse também, re­fe­rindo como exem­plos as exi­gência pelo fim ao aten­tado dos rios Diz e Noéme, o re­forço e a ex­pansão dos trans­portes pú­blicos ou a abo­lição das por­ta­gens na A23 e na A25 tendo em vista o di­reito à mo­bi­li­dade das po­pu­la­ções.

Ho­no­rato Ro­balo, can­di­dato da CDU à Câ­mara Mu­ni­cipal da Guarda, também di­rigiu al­gumas pa­la­vras aos que ali es­tavam. «Hoje damos mais um passo na nossa ca­mi­nhada até às elei­ções au­tár­quicas», co­meçou por dizer, acres­cen­tando que «hoje re­a­fir­mamos o com­pro­misso, que já vem desde muito longe, com as nossas terras, as nossas po­pu­la­ções, a de­fesa in­tran­si­gente dos seus di­reitos e in­te­resses e com a ele­vação das con­di­ções de vida de quem tra­balha».

Para o can­di­dato, a po­pu­lação da­quela re­gião me­rece «au­tar­quias com eleitos nas Câ­maras, As­sem­bleias Mu­ni­ci­pais e Juntas de Fre­guesia que lutem sem des­canso para que a vida seja me­lhor na­quele dis­trito».

In­verter o rumo

Em Boi­dobra, au­tar­quia cuja po­pu­lação de­po­sita na CDU a sua con­fi­ança há mais de duas dé­cadas, Jorge Fael, can­di­dato da CDU à Câ­mara Mu­ni­cipal da Co­vilhã, in­ter­veio antes de Je­ró­nimo de Sousa.

Co­vilhã e Cas­telo Branco so­frem as con­sequên­cias de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita, na­ci­onal e local, que é res­pon­sável pela «ma­nu­tenção de pro­blemas es­tru­tu­rais graves como o des­po­vo­a­mento que se traduz na perda de 30 mil ha­bi­tantes nas úl­timas dé­cadas», afirmou o can­di­dato. Para Jorge Fael, aquela re­gião pre­cisa de eleitos da CDU para «exigir uma ver­da­deira po­lí­tica de de­sen­vol­vi­mento re­gi­onal e lutar pela re­gi­o­na­li­zação, ins­tru­mento fun­da­mental para re­duzir as­si­me­trias».

Na sessão também foram anun­ci­ados os pri­meiros can­di­datos da CDU às Câ­maras Mu­ni­ci­pais do dis­trito de Cas­telo Branco: Fe­li­ci­dade Alves (Cas­telo Branco); Graça Pi­çarra (Idanha-a-Nova); Isilda Silva (Vila de rei); Jorge Fael (Co­vilhã); Júlia So­bral (Pro­ença-a-Nova); e Luís Lou­renço (Fundão).





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