Jornada de acção e luta da CGTP-IN arrancou em força no dia 21

Muitas dezenas de greves, paralisações, acções de rua e plenários, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, foram marcadas para esta primeira semana da jornada que decorre até 15 de Julho.

Avança a acção reivindicativa nas empresas e serviços

«Afirmando as reivindicações concretas dos trabalhadores nos seus locais de trabalho, fazemos ouvir a nossa voz: o aumento geral dos salários é uma emergência nacional!» - assim conclui o manifesto desta série de acções, que a CGTP-IN publicou, proclamando os objectivos e argumentos da jornada de acção e luta iniciada na segunda-feira, dia 21.

Nesta data, em Guimarães, os trabalhadores da Amtrol-Alfa começaram uma greve de três horas por turno, que se iria repetir até ontem, dia 23, para exigir que a administração negoceie aumentos salariais dignos e outros pontos inscritos no caderno reivindicativo.

Em Ponte do Rol (Torres Vedras), os trabalhadores da Eugster & Frismag Electrodomésticos reuniram-se em plenário, saíram à rua e afirmaram que estão determinados a continuar a sua luta por uma resposta digna à sua proposta reivindicativa.

No Porto, realizaram-se duas concentrações de protesto de trabalhadores da hospitalização privada. No Hospital Santa Maria, de manhã, e na Casa de Saúde da Boavista, de tarde, ficou garantido que a luta por melhores salários e melhores horários, entre outras reivindicações, vai intensificar-se no período até dia 15.

Para o primeiro dia da jornada da CGTP-IN foram convocados plenários de trabalhadores no Centro de Acolhimento Temporário da Misericórdia e na Casa de Saúde de S. Mateus (ambos em Viseu), na Science4You (Loures), na EDP (Matos Velhos, Almada e Setúbal), na Unidade Residencial da APPACDM em Lavos, no Centro de Apoio Social Bom Sucesso (Figueira da Foz) e no Estabelecimento Prisional da Guarda.

A ilustrar a diversidade de acções e de sectores, refira-se que para ontem estavam agendados, por exemplo: contacto com os trabalhadores da Iberol, em Alhandra, para valorizar os resultados na negociação da proposta reivindicativa; uma jornada de luta em defesa do Hospital dos Covões (Coimbra); uma greve dos trabalhadores das cantinas escolares do Concelho de Guimarães; uma concentração na Trofa Saúde (Matosinhos); plenários de trabalhadores da Coelima (cuja assembleia de credores volta a reunir-se amanhã, dia 25).

No manifesto da CGTP-IN para a jornada de acção e luta, salienta-se precisamente que, nestas quase quatro semanas, «os trabalhadores avançam com a acção reivindicativa nos locais de trabalho, empresas e serviços, em todo o País, em todos os sectores».

A confederação alerta que «o grande capital, os grupos económicos, aproveitam-se das opções do Governo do PS e das medidas decididas ao seu serviço e, ao mesmo tempo, promovem os projectos reaccionários de PSD, CDS, Chega e IL contra os trabalhadores».

«Bem pode o Governo proclamar preocupações, mas sem um significativo aumento salarial é impossível garantir um emprego de qualidade ou o trabalho digno», salienta a CGTP-IN, apelando à luta «contra a exploração, contra a política de direita, pela valorização dos trabalhadores, por um Portugal com futuro».



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