Encontro pela Paz a 5 de Junho em Setúbal

O Fórum Mu­ni­cipal Luísa Todi, em Se­túbal, acolhe no pró­ximo dia 5 de Junho o En­contro pela Paz, pro­mo­vido por 12 or­ga­ni­za­ções das mais va­ri­adas áreas de in­ter­venção, que de­corre sob o lema Pela Paz, todos não somos de­mais!.

Após o En­contro re­a­liza-se pelas ruas de Se­túbal um des­file pela paz

Ques­ti­o­nada pelo Avante! sobre os ob­jec­tivos e a im­por­tância do En­contro, a pre­si­dente da di­recção do CPPC, Ilda Fi­guei­redo, as­sume a de­fesa da paz como «uma das ques­tões cen­trais da Hu­ma­ni­dade, pelo que im­porta re­forçar a con­ver­gência de von­tades com esse ob­jec­tivo comum. Já foi assim no En­contro que re­a­li­zámos em Ou­tubro de 2018, em Loures».

Num mo­mento «tão com­plexo e di­fícil que se vive no plano in­ter­na­ci­onal», acres­centa, o re­forço do mo­vi­mento da paz «é es­sen­cial» e o En­contro dará cer­ta­mente um im­por­tante con­tri­buto para este ob­jec­tivo. Porém, re­alça Ilda FI­guei­redo, «não é um fim do ca­minho, mas apenas mais uma etapa muito im­por­tante que re­a­fir­mará a im­por­tância da mo­bi­li­zação do mo­vi­mento da paz em Por­tugal, qual­quer que seja a origem das or­ga­ni­za­ções que nele par­ti­cipam».

Com início mar­cado para as 10h30, o En­contro pela Paz de­corre até às 17h00, hora a que ar­ranca o Des­file pela Paz, que cul­mina num acto pú­blico no Parque do Bonfim. Este des­file, confia, «será cer­ta­mente um im­por­tante mo­mento de re­a­fir­mação da paz nas ruas de Se­túbal, com uma men­sagem de paz e so­li­da­ri­e­dade para o País».

A par­ti­ci­pação no En­contro pela Paz re­quer ins­crição prévia, que pode ainda ser efec­tuada através do en­de­reço elec­tró­nico en­con­tro­pe­lapaz@cppc.pt. O des­file e o acto pú­blico de en­cer­ra­mento são de par­ti­ci­pação livre.

Temas em de­bate

Re­la­ti­va­mente aos temas que pre­vi­si­vel­mente es­tarão em de­bate, Ilda Fi­guei­redo re­corda que o En­contro pela Paz, fun­ci­o­nando sempre em ple­nário, será di­vi­dido em três mesas te­má­ticas: paz e de­sar­ma­mento; cul­tura e edu­cação para a paz; so­li­da­ri­e­dade e co­o­pe­ração. Na pri­meira es­tarão em des­taque ques­tões como a re­jeição do mi­li­ta­rismo e da cor­rida aos ar­ma­mentos, a abo­lição das armas nu­cle­ares, a dis­so­lução de blocos po­lí­tico-mi­li­tares, como de­fende a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa, e ainda o res­peito pelos prin­cí­pios da Carta das Na­ções Unidas e do di­reito in­ter­na­ci­onal.

Na se­gunda mesa te­má­tica será dado o de­vido des­taque às ac­ções de edu­cação para a paz, re­a­li­zadas em co­la­bo­ração com es­colas e au­tar­quias, e de pro­moção de uma cul­tura de paz. Nesta úl­tima in­serem-se os Con­certos pela Paz, «como o que ainda agora se re­a­lizou, no dia 23 de Maio, no Te­atro Ri­voli, no Porto, e o que está pre­visto para 29 de Maio, em Gaia, com apoio das res­pec­tivas câ­maras mu­ni­ci­pais e a in­ter­venção de ar­tistas, as­so­ci­a­ções cul­tu­rais e es­colas ar­tís­ticas».

Os temas da so­li­da­ri­e­dade e da co­o­pe­ração (em de­bate na ter­ceira mesa te­má­tica) são, para Ilda Fi­guei­redo, «da maior im­por­tância, mo­bi­li­zando mi­lhares de pes­soas de di­versas or­ga­ni­za­ções, como ainda re­cen­te­mente vimos em re­lação à Pa­les­tina, a Cuba, à Síria, à Colômbia ou à Ve­ne­zuela, e aos re­fu­gi­ados que au­mentam cada vez mais com as guerras, as de­si­gual­dades e a po­breza».

Con­vergir na de­fesa da paz

Para além do CPPC, pro­movem o En­contro pela Paz as câ­maras mu­ni­ci­pais de Se­túbal e Loures, a CGTP-IN, a Con­fe­de­ração Por­tu­guesa das Co­le­ti­vi­dades de Cul­tura, Re­creio e Des­porto, o MPPM, o MDM, a URAP, a FEN­PROF, a Ju­ven­tude Ope­rária Ca­tó­lica, a Obra Ca­tó­lica Por­tu­guesa de Mi­gra­ções e o Mo­vi­mento dos Mu­ni­cí­pios pela Paz.

Va­lo­ri­zando a di­ver­si­dade das en­ti­dades pro­mo­toras, Ilda Fi­guei­redo re­alça que «quando há ob­jec­tivos co­muns, todos fazem um es­forço para sair da sua área de con­forto e ten­tarem com­pre­ender que o ob­jec­tivo comum – a de­fesa da paz – é mais forte que as di­fe­renças e di­ver­gên­cias que con­ti­nuam». A re­a­li­zação do En­contro an­te­rior e a pre­pa­ração deste, em di­versas ini­ci­a­tivas pro­mo­vidas em con­junto, re­pre­senta para a di­ri­gente do CPPC um ca­minho per­cor­rido em comum, que tem «per­mi­tido ga­nhar maior con­fi­ança e res­peito pelas di­fe­renças, dando as mãos no ob­jec­tivo comum da de­fesa da paz».

 

 



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