Medidas restritivas sem justificação
«Não há nenhuma justificação para continuar com medidas restritivas que impedem o normal funcionamento da vida social, económica, cultural e desportiva», considera o PCP.
Em declaração anteontem após reunião no Infarmed, Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central, sustentou que «a evolução verificada confirma o erro de uma estratégia fixada em critérios estritamente epidemiológicos». Reiterou, por isso, que «a solução não é continuar a “confinar, desconfinar, voltar a confinar”, mas assegurar medidas imediatas que garantam a dinamização da actividade social, económica, cultural e desportiva, estabelecidas as condições de segurança sanitária».
«Tal como o PCP há muito reclama, a solução mais sólida e eficaz no combate à Covid-19 passa pela vacinação rápida de todos, pela testagem massiva e pelo rastreio de todos os novos casos», só possível se o Governo diversificar a «aquisição de vacinas já referenciadas pela OMS e recrutar os profissionais necessários», prosseguiu.
O Partido insiste na importância do fim das restrições com a «degradação das aprendizagens» de cerca de 1,5 milhões de crianças e jovens, a situação de milhares de micro, pequenas e médias empresas (MPME), o crescimento acelerado do desemprego e dos salários em atraso.
«Neste quadro, é essencial que sejam postas em prática as medidas inscritas no Orçamento do Estado, particularmente as dirigidas a sectores mais fustigados pela epidemia e por impactos anteriores, como é o caso do turismo, da restauração, da hotelaria e da cultura, de milhares de trabalhadores e MPME», referiu Jorge Pires.