O Irão reiterou que recusará qualquer cedência face aos EUA sobre o Plano Integral de Acção Conjunta (PIAC), de que Washington se afastou unilateralmente em Maio de 2018, sob a administração Trump. De acordo com notícias provenientes de Teerão, o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araqchi, desmentiu no domingo, 4 de abril, informações sobre um possível encontro entre delegações dos dois países, nesta semana, em Viena.

As informações davam conta de que ambas as partes estabeleceriam um diálogo directo ou indirecto no quadro de uma reunião agendada para a capital austríaca entre outros signatários do acordo.

Araqchi precisou que essas negociações do Irão com a Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia, subscritores do convénio, incidirão sobre aspectos técnicos e as medidas adoptadas por Teerão face ao desrespeito pelo acordo e sanções impostas pelos EUA.

«O que discutiremos na comissão do PIAC baseia-se nas posições reiteradas pelo líder da Revolução Islâmica, Ali Khamenei, de não ceder perante as pressões de Washington», lembrou. O líder religioso afirmou anteriormente que os Estados Unidos da América devem cumprir todas as suas obrigações e levantar as sanções unilaterais, após o que o Irão regressará ao acordo nuclear assinado em 2015.

Os países europeus subscritores do PIAC estão a tentar reanimar o acordo multilateral, desrespeitado e incumprido pelos EUA com a sua retirada unilateral. Agora, o presidente Biden diz pretender voltar ao acordo nuclear mas – segundo a Press TV, iraniana – na prática continua agarrado à política de «máxima pressão» de Trump, seu antecessor.