Debate com o primeiro-ministro sobre política geral

Falta de trabalhadores nos lares exige resposta

Independentemente das soluções estruturais de que o SNS carece para o seu reforço, é preciso concretizar respostas de emergência que permitam satisfazer necessidades imediatas. Esta foi outra ideia forte que esteve no centro do debate com o primeiro-ministro, desta feita pela voz do líder parlamentar do PCP, para quem é inadiável o incremento de tais medidas de emergência. Trata-se, explicou, de reforçar significativamente a resposta em termos da capacidade de intervenção das equipas de saúde pública, designadamente por via da contratação de técnicos de saúde ambiental.

João Oliveira confrontou ainda o chefe do Governo com as dificuldades vividas em centenas de lares por todo o País. A situação que está criada em muitas instituições, nomeadamente no que toca à falta de trabalhadores, é também motivo de grande preocupação para o PCP e leva-o a reiterar a posição de que é preciso encontrar outras soluções para além das já consideradas.

O exemplo concreto dado pelo deputado comunista é ilustrativo da realidade dramática que afecta instituições e idosos: o de um lar com 97 trabalhadores dos quais 42 estão ausentes ao serviço por infecção ou por se encontrarem em isolamento; a brigada rápida apenas pôde colocar quatro trabalhadores e a instituição só conseguiu contratar outros 20 a empresas de trabalho temporário.

Um caso «revelador de que a solução das brigadas rápidas não é suficiente», sublinhou o líder parlamentar comunista, concluindo, por isso, que a solução está, envolvendo a Segurança Social, na «contratação de trabalhadores para as instituições onde fazem falta, neste momento e no futuro».



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