Quando se finaliza mais um mandato autárquico e ao fim de quase 16 anos de gestão PSD no município, a CDU lembra que os problemas em Vila Real de Santo António (VRSA) não advêm «dos impactos da epidemia que são graves». «Em vez da valorização dos serviços públicos impôs-se a privatização da recolha e distribuição da água, da recolha do lixo e de outros serviços. A água ficou mais cara e o concelho ficou mais sujo», acusa a Coligação PCP-PEV, acrescentando: «Em vez da boa gestão das contas públicas, VRSA tem hoje uma das maiores dívidas municipais do País. Os vila-realenses pagam as taxas e tarifas municipais mais altas do País e o seu património público foi vendido ao desbarato.»

Por outro lado, o concelho «virou-se exclusivamente para o turismo, desprezou a indústria e tem uma das mais elevadas taxas de desemprego do Algarve», «tem vindo a ser arrastado para sucessivos atentados urbanísticos, para o indisfarçável desleixo e para o estacionamento pago num negócio ruinoso para todos» e, «em vez da valorização dos direitos dos trabalhadores da autarquia, assistimos à sua desvalorização e à degradação das suas condições de trabalho», critica a CDU.

Relativamente ao anúncio da candidatura de Luís Gomes (PSD) à presidência do município, comunistas e ecologistas lembram que é «uma figura que nunca respeitou a confiança que lhe foi entregue pelos eleitores, tratando o município como se fosse seu, deixando a situação financeira da Câmara sob os cuidados intensivos do Fundo de Apoio Municipal e os vilarealenses a pagarem as taxas mais elevadas que é possível uma autarquia cobrar aos seus munícipes». O IMI é o mais alto do País.

Mudança necessária
Neste sentido, exige-se «uma mudança séria», que traga ao concelho «o trabalho, a honestidade e a competência que só a CDU pode trazer». Esta força política está pronta para «sanear as contas do concelho e permitir o desagravamento das taxas e tarifas municipais», «enfrentar as concessões, privatizações e negociatas feitas e defender os interesses das populações», «valorizar os direitos dos trabalhadores da autarquia e melhorar a resposta dos serviços públicos», «apoiar as associações, as colectividades, as empresas, os empresários e as forças vivas do concelho a ultrapassarem os impactos da epidemia», «promover a cultura e o desporto, apoiar as crianças, a juventude e a população mais idosa», «fazer obra e investimento públicos» e «romper com o marasmo e atraso no concelho».