«Do que o País precisa é de dinamizar a actividade económica, garantir todas as condições de segurança dos trabalhadores, a actividade cultural e a actividade desportiva», afirmou Jorge Pires numa declaração prestada após o reunião com epidemiologistas e responsáveis políticos nas instalações da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), no dia 9.

Para o membro da Comissão Política, a garantia da protecção social a todos os que perderam uma parte ou o total das suas remunerações e a garantia do salário «a 100 por cento» aos pais de crianças com menos de 16 anos que têm de ficar confinadas em casa devido ao encerramento das escolas, são algumas das prioridades do PCP nesta matéria.

Mais do que sucessivos confinamentos e estados de emergência, realçou o dirigente comunista, o País precisa de reforçar a protecção individual, fazer a pedagogia da protecção, reforçar o Serviço Nacional de Saúde e concretizar todas as medidas aprovadas no Orçamento do Estado, como a contratação dos profissionais que estão em falta no SNS.

Concretizar a vacinação

De acordo com os elementos avançados pelos vários técnicos presentes na reunião, o decréscimo do número de casos de COVID-19 que se tem verificado é uma tendência que se manterá ao longo das próximas semanas. Porém, apesar da descida do número de incidências, urge continuar o combate à epidemia, que tem no processo de vacinação um dos seus meios mais eficazes. No entanto, a falta de vacinas – resultante da falha do compromisso das farmacêuticas com as entregas a que se tinham, contratualmente, comprometido – tem-se revelado com um dos principais obstáculos ao avanço deste processo.

As intenções do Governo e do Presidente da República em manter o actual confinamento até ao final do mês de Março, ignorando a descida de casos e a manutenção desta perspectiva no futuro imediato, são para o PCP inaceitáveis. É o agravamento das consequência no plano económico, social e também de saúde, em geral, dos portugueses que está em causa.