«Um horizonte de esperança» passa pela Cova da Moura

SOLIDARIEDADE João Ferreira visitou na sexta-feira, 18, a Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, que realiza um trabalho ímpar junto da comunidade. O candidato a Presidente da República (PR) reclamou mais apoio para o movimento associativo de base popular.

«Um outro mundo é possível se a gente quiser»

O ponto de encontro foi na rua do Moinho, onde o documento «João Ferreira. Coragem e confiança. Um horizonte de esperança» foi distribuído a quem regressava do trabalho, com sacos de compras na mão, ou aproveitava a «aberta» meteorológica para respirar e conversar um poucocom o vizinho do lado.

«Eu tenho um sonho» lê-se num grafite gigante, que não faz esquecer o famoso discurso de Martin Luther King em Washington, durante uma luta (28 de Agosto de 1963) que fica para a história pelos direitos cívicos, contra o racismo institucional nos EUA. Ao encontro do candidato a PR chega Jakilson Pereira, da Direcção da Associação Cultural Moinho da Juventude. Flávio Almada, outros dos directores, telefonou a explicar que não podia estar presente porque se encontrava com um colaborador da associação que teve um acidente e foi ao hospital.

Esta associação foi fundada na década de 80 do século passado, tendo iniciado um trabalho informal de luta pelo saneamento básico, organização de mulheres e animação cultural de crianças. Entretanto, o projecto cresceu e consolidou-se, desenvolvendo uma multiplicidade de actividades que chegam diariamente a muitas centenas de pessoas: creche para crianças até aos três anos; jardim de infância, para crianças com idade compreendida entre os três e os cinco anos; actividades de tempo livre (ATL); estúdio para formação e divulgação musical para os jovens do bairro; cantina social; centro de documentação; biblioteca.

Entre outros, esta associação recebeu o Prémio Direitos Humanos, atribuído pela Assembleia da República, por decisão de um júri constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República.

Coragem e confiança
«Um outro mundo é possível se a gente quiser», lia-se numa outra parede, enquanto se subia em direcção à cantina, que serve cerca de 300 refeições por dia. No entanto, lembrou Jakilson Pereira, durante o confinamento chegaram a ser 500 refeições. Nessa altura, as cozinheiras Eunice Delgado e Joana Disse, com a ajuda de duas auxiliares, começavam a trabalhar por volta das quatro da manhã para que a comida chegasse a toda a gente. «Parabéns pelo vosso trabalho», firmou João Ferreira, valorizando a «coragem e confiança» daquelas pessoas, que dão «um horizonte de esperança» num mundo melhor e mais justo. «Elas são as nossas heroínas», acrescentou Jakilson Pereira.

Noutra parede, a caminho do centro de documentação, podia-se ler: «Minha aldeia é todo o mundo. Todo o mundo me pertence. Aqui me encontro e confundo com gente de todo o mundo que a todo o mundo pertence», retirada do poema «Minha Aldeia», de António Gedeão. Chegados aos local, o dirigente esclarece que ali é fornecido apoio com documentos relacionados com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mas também tudo o que seja relacionado com a segurança social, IRS, pedidos de apoio social, etc. Existe também um Gabinete de Inserção Profissional. Só nos últimos três meses, em média, são atendidas mais de cem pessoas por dia, entre a comunidade do bairro e zonas limítrofes.

«Este é um exemplo notável de como uma comunidade organizada, na ausência da assunção pelo Estado de algumas das suas funções sociais e essenciais, lança mãos à obra e assegura a satisfação dessas necessidades, de índole muito diversa», salientou João Ferreira. Para além do reconhecimento e da valorização demonstrada, o candidato reclamou um maior apoio a esta e outras associações, algo que a Constituição da República Portuguesa prevê». «Na situação em que estamos de pandemia revela-se e revelou-se particularmente importante o apoio social que aqui é garantido graças à mobilização da associação, dos seus dirigentes e dos seus voluntários», concluiu.

Acções de campanha

Na sexta-feira, João Ferreira, além de uma entrevista à rádio Observador, esteve reunido com a Associação Água Pública e membros de organizações representativas dos trabalhadores do sector. Uma das ideias trazidas para o debate foi que a água, bem público essencial à vida das populações e ao funcionamento da economia, tem sido alvo de sucessivas tentativas de transformação em mercadoria: ora por via da privatização, ora pela fragilização das condições de trabalho neste sector.

À noite, o candidato participou numa vigília em Lisboa, junto ao Ministério do Ambiente e da Acção Climática, que tutela os transportes, onde se exigiu «medidas concretas» de apoio do Governo ao sector do táxi, nomeadamente a regulamentação do transporte individual, de modo a acabar-se com a concorrência desleal, cujos principais prejudicados são os trabalhadores. Actualizar a contratação colectiva existente e fiscalizar as relações de trabalho são outras das reivindicações manifestadas no protesto promovido pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações. Face à luta, ficou agendada para o dia 29, às 12h00, uma reunião com a delegação sindicalno Ministério da Educação.

João Ferreira visitou ainda a Federação Portuguesa do Táxi (FPT), tendo garantido que manterá as questões deste sector na agenda da sua campanha eleitoral.



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