5.º Congresso da Feviccom privilegia sindicalização, organização e mobilização
REFORÇAR A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom), da CGTP-IN, realizou o seu 5.º Congresso no sábado, 30 de Outubro, na Marinha Grande. O crescimento da sindicalização é o grande objectivo.
3000 novas sindicalizações em quatro anos foi o objectivo traçado
Dezenas de delegados, oriundos de vários sectores e empresas e de todo o País, aprovaram os documentos em debate no Congresso, entre os quais sobressaíam o programa de acção para os próximos quatro anos e uma resolução específica sobre sindicalização – questão essencial para reforçar a organização e, com ela, a capacidade de resistência e luta dos trabalhadores.
Entre os objectivos definidos conta-se a dinamização de uma campanha de sindicalização de âmbito nacional, com a identificação por cada um dos sindicatos dos locais de trabalho prioritários, desde logo os que têm mais de 100 trabalhadores e outras empresas estratégicas. Até final do mandato, a federação da CGTP-IN pretende somar 3000 novas sindicalizações, 300 novos mandatos de delegado sindical e 100 de representantes dos trabalhadores para a Segurança e Saúde no Trabalho.
Já na resolução sobre acção reivindicativa, o Congresso da Feviccom avançou com aquelas que considera serem questões centrais a nortear a luta nos vários sectores: a defesa do emprego com direitos e o combate à precariedade; o exercício da actividade sindical nas empresas, enfrentando obstáculos e proibições patronais; o direccionamento dos planos estratégicos de intervenção sindical para os grandes grupos (Mota-Engil; Teixeira Duarte; Secil; Cimpor; Sonae Indústria; IKEA; Visabeira; BA Glass; Essilor; Carl Zeiss, Saint-Gobain, Vidrala, Verallia e Amorim); a exigência de uma nova política industrial; e a apresentação de propostas reivindicativas em todas as empresas e sectores, «ultrapassando bloqueios patronais através da acção e luta dos trabalhadores».
No Congresso, em que participou Isabel Camarinha, Secretária-geral da CGTP-IN, foi ainda aprovada uma moção sobre a paz.
A direcção eleita é composta por 44 elementos, oriundos de 29 empresas de vários sectores. Mais de metade são novos membros, 23 por cento são mulheres e há seis dirigentes com menos de 35 anos.