O pre­si­dente da China, Xi Jin­ping, afirmou que o uni­la­te­ra­lismo e a he­ge­monia são prá­ticas im­po­pu­lares e sem ca­bi­mento no que de­signou de co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal, à qual instou a unir-se para for­ta­lecer o sis­tema mul­ti­la­teral.

Num diá­logo com o se­cre­tário-geral da ONU, An­tónio Gu­terres, no quadro da 75.ª As­sem­bleia Geral das Na­ções Unidas – cujo pe­ríodo para as in­ter­ven­ções dos chefes de Es­tado e de Go­verno de­correu na se­mana pas­sada de forma vir­tual –, o di­ri­gente chinês en­fa­tizou a im­por­tância de res­peitar o papel dessa or­ga­ni­zação e as suas re­gras de modo a en­frentar os de­sa­fios do mundo ac­tual.

Xi Jin­ping in­dicou que em­bora a pan­demia tenha acen­tuado os pro­blemas do que de­signou de go­ver­nança, este é o mo­mento de pro­curar em con­junto a ma­neira de a me­lhorar e de in­ten­si­ficar o mul­ti­la­te­ra­lismo e a co­o­pe­ração. As­se­gurou que o seu país nunca pro­cu­rará a con­fron­tação ide­o­ló­gica nem a de­sar­ti­cu­lação com ou­tras eco­no­mias, mas não per­mi­tirá a nin­guém so­cavar a sua so­be­rania, dig­ni­dade e es­paço de de­sen­vol­vi­mento. A China, in­sistiu, pro­te­gerá com fir­meza os seus le­gí­timos di­reitos e in­te­resses e de­fen­derá a paz, a jus­tiça e a igual­dade in­ter­na­ci­onal.

Entre ou­tros as­pectos, Xi Jin­ping re­a­firmou o apoio ao papel de li­de­rança do sis­tema das Na­ções Unidas, es­pe­ci­al­mente da Or­ga­ni­zação Mun­dial da Saúde, na luta contra a ac­tual pan­demia, e pro­meteu par­ti­lhar com ou­tros países a sua ex­pe­ri­ência nesse com­bate. Rei­terou também a dis­po­sição da China em con­tri­buir para o acesso dos países eco­no­mi­ca­mente menos de­sen­vol­vidos às va­cinas contra a COVID-19.