Avante pela democracia e pelos direitos
A Festa do Avante! fechou Agosto e iniciou Setembro na ordem do dia dos principais órgãos de comunicação social, numa campanha de ataque ao PCP e à sua actividade concertada e de grandes dimensões.
A arregimentação foi permanente, com particular incidência no dia 31 de Agosto. Jornalistas, comentadores, especialistas em tudo e mais alguma coisa a correrem mais do que um órgão, dirigentes políticos mais bafientos ou mais jovens mas não menos bafientos e os já expectáveis e eternos cangalheiros do PCP, todos reunidos com um único e só objectivo, fazer de tudo para que a Festa não acontecesse, mas com um objectivo muito maior: o de limitar a actividade política da força política mais consequente na defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e condicionar fortemente para futuro a luta e a acção reivindicativa que se siga à Festa.
Todos com a conversa estafada de que não, isto não é uma campanha contra o PCP, que não que não é nada contra a Festa, que não que não é uma questão política, é, dizem com o ar mais angelical do mundo, uma questão de Saúde Pública. Ignorando hipocritamente as dezenas de iniciativas e actividades, algumas com largos milhares de pessoas, que se realizam e bem por todo o País.
Vêm providências cautelares, abaixo-assinados, ameaças de processos crimes, projectos de resolução, requerimentos, perguntas, protestos e marchas lentas alimentados e promovidos com directos sucessivos pela comunicação social. Quando é que abaixo-assinados com dezenas de milhares de assinaturas ou lutas concretas dos trabalhadores e das populações tiveram a mesma ou igual atenção?
Vêm um dia barafustar contra a inexistência de regras, quando se estava numa fase de trabalho entre o PCP e a DGS, quando as regras chegam e são tornadas públicas, o problema vira-se para a lotação que se já era má, de 33 mil, agora ainda é, espante-se, má, mesmo sendo de 16 500. Ao que parece, os perto de 30 mil bilhetes vendidos para o Grande Prémio de Fórmula 1 no Algarve não incomodam os Marques Mendes e Miguel Sousa Tavares desta terra, talvez porque já tenham bilhete para este momento mais in.
Ignoram olimpicamente a componente política e cultural da Festa, toda a riqueza da sua programação. Recebem notas de imprensa, lêem, não publicam, e o que é publicado é, salvo honrosas excepções, deturpado ou ridicularizado.
Mentiras, calúnias, deturpações, provocações a roçar o estúpido muitas vezes em doses cavalares, de quem promove o medo, mas que no fundo está com medo, muito mesmo, do exemplo que o PCP pode e vai dar, de que é possível de forma organizada, com responsabilidade e cuidado prosseguir e fruir a vida, defender e exercer direitos.
O PCP, que eles denominam como «obstinado», «irresponsável», «imoral», que dizem estar a fazer a Festa «contra tudo e contra todos» ignorando a saúde e o esforço dos portugueses, faz esta Festa não por teimosia, mas porque hoje é cada vez mais importante afirmar a liberdade, a democracia e os direitos dos trabalhadores e do povo.
É por eles que, com muita confiança, levamos a Festa avante!