China submete a consulta popular plano sócio-económico 2021-2025

RECUPERAÇÃO As autoridades chinesas estão a recolher opiniões dos cidadãos para o novo plano quinquenal. Manteve-se, entretanto, em Julho, a tendência de recuperação económica, apesar das dificuldades que persistem devido às consequências da COVID-19.

Economia chinesa manteve em Julho tendência de recuperação

O governo da China está a recolher, desde o dia 16, opiniões dos cidadãos sobre o conteúdo do 14.º plano quinquenal de desenvolvimento sócio-económico (2021-2025), que será aprovado em Outubro.

As pessoas interessadas em contribuir podem fazê-lo através dos portais da Internet ou aplicações digitais do jornal Diário do Povo, da agência noticiosa Xinhua, do Grupo de Meios da China e da plataforma digital Xuexi.cn, prolongando-se por duas semanas o período de consulta popular.

O Partido Comunista da China prepara o plano quinquenal no meio de incertezas, desafios, pressões e um cenário adverso a nível mundial pelos efeitos da pandemia.

Analistas em Pequim admitem que o processo vai atrair atenções dentro e fora do país, porque será o primeiro plano em que a China definirá se este ano consegue atingir a sua meta de uma sociedade modestamente próspera, sem pobreza e com contaminação ambiental controlada.

Também prevêem que a estabilidade do consumo interno será um objectivo fundamental do plano.

Segundo recordou Cong Yi, professor da Universidade de Tianjin, citado pela Prensa Latina, dois anos de guerra comercial com os EUA deixaram claro que a China não poderá contar com a importação de equipamentos e tecnologias essenciais. Pelo que uma solução saudável seria voltar-se para o desenvolvimento próprio em esferas como o fabrico de semi-condutores, o que seria compatível com a aspiração do país de liderar a inovação global em 2035.

Um outro investigador chinês, Mei Xinyu, da Academia de Comércio Internacional e Cooperação Económica, vaticinou que o plano priorizará a procura de alternativas para reforçar a resiliência da China face às pressões externas. Nesse contexto, antevê uma via de desenvolvimento baseada principalmente num ciclo interno.

Outras vozes admitem que as autoridades chinesas poderão não fixar uma meta de crescimento anual, tal como aconteceu em 2020, para colocar maior ênfase em elevar os rendimentos da população e as condições de vida do povo chinês.

Tendência de recuperação

A economia chinesa manteve a sua tendência de recuperação e a produção industrial, um dos seus principais indicadores, cresceu 4,8% em Julho, informou em Pequim, no dia 14, o Gabinete Nacional de Estatísticas.

Segundo dados oficiais, a produção industrial da China continuou assim a crescer ao longo de quatro meses consecutivos, depois da contracção no primeiro trimestre do ano, devido ao impacto da COVID-19.

Na informação mensal relativa a Julho, o gabinete também reportou crescimentos nas vendas retalhistas de bens de consumo e no investimento estrangeiro directo, o qual foi muito superior ao planificado e inverteu a tendência negativa do primeiro semestre.

A taxa de desemprego nas zonas urbanas permaneceu, no mês passado, nos 5,7%, sem alteração em relação a Junho.

Devido aos efeitos da pandemia nos planos interno e externo, a China aposta em priorizar programas orientados para criar mais empregos, erradicar a pobreza e assegurar a estabilidade social.



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